Olá!
O resenhado de hoje foi um recebido da Arqueiro, parceira do blog, que me surpreendeu. É a primeira vez que leio uma obra do francês Michel Bussi. E não sei se terei palavras para descrever esse livro. Tentarei, eu juro. Confira a resenha de Ninfeias Negras.
Estamos em Giverny, um vilarejo no interior da França. Até aí, nada demais, se Giverny não tivesse sido imortalizada nas telas do único pintor possível, o gênio do Impressionismo, Claude Monet (1840-1926). Estamos em 2010 e o lugar foi palco de um terrível crime: o oftalmologista Jérôme Morval é brutalmente assassinato, à beira de um rio. Para tentar solucionar esse mistério, o detetive Laurenç Sérénac é designado para o caso.
Mas, quem nos contará melhor esse caso é a velha, uma mulher octogenária que anda pelos cantos, sempre vendo tudo, através do quarto andar do moinho de Chennevières, onde esconde sua maior preciosidade: um quadro, intitulado Ninfeias Negras.
A história dessa velha se mistura à história de outras duas mulheres: uma menina de onze anos, Fanette, que sonha se tornar uma grande pintora; e a professora Stéphanie Dupain, da escola local, que vive presa em um casamento sem amor.
Voltando ao crime, Sérénac e seu fiel assistente Sylvio Bénévides buscam provas e suspeitos nos mais diversos lugares, mas cada vez que procuram, mais difícil fica de desvendar o caso. Morval é um colecionador das obras de Monet e, antes de morrer, estava obcecado em conseguir um quadro de Ninfeias. Além disso, era conhecido por trair a esposa.
O livro é narrado sob as óticas de: da velha (primeira pessoa), do detetive Sérénac (em terceira) e de Fanette (primeira pessoa, mas com pensamentos em primeira), então temos vários pontos de vista para a mesma situação. Ah, e vale ressaltar que Giverny acompanhou tudo isso em treze dias. E várias histórias se desencadeiam a partir desse crime: o casamento frio de Stéphanie, o quadro que Fanette está pintando para participar de um concurso, a investigação de Sérénac...
Adorei o marcador! |
Gente, eu não tenho palavras para descrever esse livro (sim, já disse isso no início do post, mas preciso repetir)! Nunca tinha lido um romance policial francês, ainda mais se passando numa cidade como Giverny, que respira Impressionismo, Monet e arte, muita arte! Um ponto muito positivo para Bussi é que ele inseriu muitos fatos reais na trama. Os locais, outros pintores, as histórias sobre Monet, alguns crimes de arte citados, tudo isso é real. E eu adoro quando fatos reais são inseridos na trama.
Apesar dos fatos terem acontecido em treze dias - dividido em duas partes -, a história não acontece às pressas, tudo é devidamente bem trabalhado, bem descrito, bem contado, fazendo o leitor entrar na história e assistir a tudo de camarote, junto com a velha.
Sério, eu preciso comentar esse livro com alguém, porque o final me fez levar às mãos na cabeça. Nem me passou pela mente a forma como o autor encerraria o caso. Você acredita em uma coisa durante todo o tempo, aí no fim, o autor vai lá e esfrega na sua cara que você esteve errado o tempo todo!
Bom, não posso falar mais sobre Ninfeias Negras porque qualquer coisa a mais que eu diga será spoiler. Porém, posso afirmar que a Arqueiro arrasou no trabalho. Não encontrei erros de nenhuma ordem e estou apaixonada por essa capa preta com um verniz que simula água. O marcador personalizado dá todo um charme à leitura. Durante a leitura, pensei em dar quatro estrelas no Skoob, por detalhes, mas por causa do final, cinco estrelas é muito pouco para essa obra!
Casa de Monet, em Giverny. Foto: site oficial de Giverny |
Portanto, obra mais que recomendada, para mim foi uma experiência interessante ler um romance policial de um autor fora do eixo EUA-Inglaterra-Suécia. Vale muito a pena, ainda mais porque Giverny é muito linda!
Aureliano, de Luis Aragon. |