Olá!
Skoob | Saraiva | Cultura
Último "Vida Literária" de 2015 foi escolhido pela Raíssa e fala de um livro que mostra como é querer dar um fim na própria vida, mas, quando você acha que tudo está perdido, alguém estende a mão para te ajudar. Antes que eu me esqueça, o projeto Vida Literária consiste em que eu, a Ani, do EC&M e a Raíssa, do O Outro Lado da Raposa leiamos um livro, comentemos e depois façamos a resenha, mostrando nossos pontos de vista.
Tudo o que disse aqui não chega perto da grandeza que é esse livro. Desfrutem meu ponto de vista de Como se Apaixonar, da irlandesa Cecelia Ahern, que, claro, entrou pra minha lista de autores favoritos. E o livro é meu favorito também.
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Estamos em Dublin (capital da Irlanda) e Como se Apaixonar começa com Christine Rose tentando salvar a vida de Simon Conway, que está tentando se matar. Ela até consegue convencer Simon a não fazê-lo, mas dura pouco tempo. Logo, o homem atira na própria cabeça.
Depois de contar à polícia o que aconteceu, Christine está tentando voltar para casa, quando passa em uma ponte e vê um cara... tentando se matar. Ele quer se jogar da ponte, porque não aguenta mais as pressões que está vivendo. Após uma rápida conversa, ela consegue demover o homem - Adam Basil - a não se jogar da ponte. Depois, ela oferece ajuda a Adam para que ele não cometa novamente suicídio. Ele dá a ela um prazo de 15 dias. Em duas semanas, ele fará 35 anos e, se ela não conseguir, ele tentará novamente.
Ela, por outro lado, acabou de se separar de Barry, depois de um casamento fracassado que não durou um ano inteiro. Ela tem uma empresa de recrutamento, essas que fazem a ponte entre empregador e empregado. Mas ela fazia mais do que isso: ela ajudava as pessoas. Um exemplo da persistência da personagem é com Oscar. Ele dizia que o motorista do ônibus queria matá-lo, quando, na verdade, ele tinha TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e só entrava no ônibus se determinado lugar estivesse vazio.
Christine não é terapeuta nem psicóloga, mas não abria mão dos seus livros de auto-ajuda. Ela tinha muitos - muitos mesmo - e sempre tinha um para resolver qualquer problema. São títulos bem esquisitos. Como são citados muitos títulos ao longo do livro, não vou citar nenhum específico, mas posso dizer que tem uns bem engraçados.
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Entre outras coisas, Christine tem como missão fazer com que Adam recupere Maria - sua ex-noiva. Ela o traiu com seu melhor amigo e isso o deixou devastado. Além de Maria, Adam tinha que enfrentar seu pai autoritário, mas que estava gravemente doente, e a irmã Lavinia, que roubou dinheiro da fábrica de chocolates da família e que queria a todo custo tomar o controle da empresa.
E é entre ideias engraçadas e cômicas, que Como se Apaixonar mostra como duas pessoas estão tentando a todo custo, se apaixonar pela vida, ter vontade de vivê-la. Nem que seja necessário ler livros de auto-ajuda para isso.
Só tenho uma coisa a dizer: te amo Cecelia!!!! A forma como ela escreveu esse livro foi simplesmente maravilhosa! Ela foi delicada ao falar de temas delicados como suicídio e TOC. Ela mostrou como a depressão (sim, para mim, Adam tinha depressão) pode prejudicar a maneira de uma pessoa pensar e agir. A parte cômica da história fica por conta dos títulos dos capítulos (são 27): todos começam começam com "Como..." e alguns são até engraçados, mas tem também os mais sérios.
Além de Christine e Adam, tem também as irmãs dela, Brenda e Adrienne, que, junto com o pai, são advogados e bem engraçados. Tem também Amelia, amiga de Christine, que possui uma livraria à beira da falência e cuida da mãe, gravemente doente.
Outro ponto que gostei no livro foi conhecer alguns pontos de Dublin, como a ponte Ha'penny (que tem um nome oficial, mas, se você quiser saber qual é, leia). Agora, sinto-me obrigada a juntar grana, se eu quiser conhecer essa cidade maravilhosa.
Me agarrei a estória com unhas e dentes e fiquei torcendo loucamente para que a Christine conseguisse convencer o Adam a seguir com sua vida. Mas, principalmente, torci para que ela mesma recuperasse o controle de sua vida e fosse feliz também! Mais uma vez a autora me pegou de jeito com sua escrita e me conquistou com seus personagens. Quem gosta de um bom romance divertido e dramático vai amar esse livro! Raíssa Martins
Cecelia tem uma forma maravilhosa, delicada, fluída de escrever. Isso se nota quando ela nos faz rir, com as cenas cômicas de Christine, ou quando está falando sério, com as cenas mais tensas envolvendo Adam. E ela aborda vários outros temas, mas sempre focando no principal: o suicídio. Ela te faz pensar porque a pessoa quer se matar e até como podemos ajudar. Porque, podemos não saber, mas podemos ter um amigo que está passando por situação parecida com a de Adam. Leitura mais que recomendada.
A única parte ruim é o começo. Ele é um pouco maçante, já que a autora dá muitas voltas para contar sobre Simon. Demorei pra engatar na leitura porque, alem do rodeio pra contar, eu li em versão digital e meu Kindle só sai de casa em dias estritamente necessários. Mas, as coisas, quando começam a acontecer, a leitura voa. E você se diverte também.
Demorei um pouco para engatar a leitura, mas já estou acostumada com os os livros da Cecelia que sempre possuem inícios massantes. Como sempre ela me conquistou, me fez torcer e me apaixonar pelos dois. Acho que o mais legal de tudo, é que em todos os livros dela SEMPRE tem uma lição a ser aprendida e considerada. Acho que quando um livro mexe tanto como o leitor, como fez comigo, ela alcançou o objetivo. Entrou para lista de favoritos de 2015. Ani Lima
Como disse, li a versão digital, mas, pelo que pude ver, o trabalho da NC de edição e revisão ficou muito bom, só a capa (que é condizente com a trama) que achei simples demais. Mas isso é um detalhe irrelevante perto da grandeza que é essa obra. Não tenho mais palavras para descrever esse livro. Simplesmente leiam.
Melhor quote do livro, não à toa o marquei! |
E o mais importante: esse livro NÃO é de auto-ajuda. Só a Christine que lê esse gênero. Portanto, não há o que temer com essa leitura.
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