Olá!
A resenha de hoje é de uma coletânea de contos de um autor que muita gente não conhece, mas esse cara é um dos maiores contistas de todos os tempos, na minha opinião. A coletânea em questão é “A Dama do Cachorrinho” de Anton Tchekhov.
Sim, enquanto muitas garotas leem Nicholas Sparks, Cassandra Clare, Rainbow Rowell, entre outros super falados na blogosfera, eu, que serei a futura Velha dos Gatos, leio literatura russa. Se todos lessem um pouco que seja de literatura russa, seja o Tchekhov ou o Dostoievski ou outro qualquer, esse mundo seria outro. Pena que tem gente da minha idade que sequer ouviu falar nesses caras. Eu acho isso muito triste. Mas vamos ao que interessa. E, antes de me julgar, saiba que eu também leio a literatura jovem atual, incluindo Nicholas Sparks.
A Dama do Cachorrinho é uma coletânea de 36 contos que a Editora 34, a melhor em publicação de obras russas e a única que conheço que traduz as obras para o português direto do russo. (um dia ainda aprendo a língua russa!) Nesses contos, Tchekhov retrata a sitaução da Rússia de seu tempo – virada do século XIX para o XX, um tempo que, pelo que percebi, a desigualdade social era imensa, em que os ricos – em sua maioria burgueses funcionários do czarismo – adoravam humilhar os seus empregados, inclusive agredindo fisicamente. Constatei que isso acontece em vários livros de vários autores. Antes que eu me esqueça, A Dama do Cachorrinho é o último conto do livro.
Por que ler Tchekhov?
O autor retrata os sentimentos humanos de uma forma muito íntima – muito se deve pelo fato de ser médico – são como tapas na cara da sociedade. Ele consegue dizer tudo o que quer nas entrelinhas, às vezes só com o silêncio ele já transmitiu sua mensagem.
Uma coisa que acho muto legal nas obras de Tchekhov são os nomes dos personagens: muitas vezes, os nomes são sinônimos de palavras não tão engraçadas, por exemplo no conto "A Morte do Funcionário" o protagonista, que era um policial, se chamava Tcherviakov, traduzindo: verme; eu gosto desses trocadilhos que o autor usa pra descrever um personagem antes mesmo de narrar o conto. E ainda por cima, tem bastante cultura russa embutida no texto, um prato cheio pra quem gosta!
Eu sugiro pra vocês os seguintes contos - é bem verdade que todos são recomendados, mas os seguintes são mais que recomendados por motivos de: são espetaculares!
Bilhete Premiado
Casa-se a Cozinheira
Homem num Estojo
A Morte do Funcionário
Do diário de um auxiliar de guarda-livros
A Dama do Cachorrinho
E você, se interessou pelo livro e/ou pela literatura russa?
A resenha de hoje é de uma coletânea de contos de um autor que muita gente não conhece, mas esse cara é um dos maiores contistas de todos os tempos, na minha opinião. A coletânea em questão é “A Dama do Cachorrinho” de Anton Tchekhov.
Sim, enquanto muitas garotas leem Nicholas Sparks, Cassandra Clare, Rainbow Rowell, entre outros super falados na blogosfera, eu, que serei a futura Velha dos Gatos, leio literatura russa. Se todos lessem um pouco que seja de literatura russa, seja o Tchekhov ou o Dostoievski ou outro qualquer, esse mundo seria outro. Pena que tem gente da minha idade que sequer ouviu falar nesses caras. Eu acho isso muito triste. Mas vamos ao que interessa. E, antes de me julgar, saiba que eu também leio a literatura jovem atual, incluindo Nicholas Sparks.
A Dama do Cachorrinho é uma coletânea de 36 contos que a Editora 34, a melhor em publicação de obras russas e a única que conheço que traduz as obras para o português direto do russo. (um dia ainda aprendo a língua russa!) Nesses contos, Tchekhov retrata a sitaução da Rússia de seu tempo – virada do século XIX para o XX, um tempo que, pelo que percebi, a desigualdade social era imensa, em que os ricos – em sua maioria burgueses funcionários do czarismo – adoravam humilhar os seus empregados, inclusive agredindo fisicamente. Constatei que isso acontece em vários livros de vários autores. Antes que eu me esqueça, A Dama do Cachorrinho é o último conto do livro.
Por que ler Tchekhov?
O autor retrata os sentimentos humanos de uma forma muito íntima – muito se deve pelo fato de ser médico – são como tapas na cara da sociedade. Ele consegue dizer tudo o que quer nas entrelinhas, às vezes só com o silêncio ele já transmitiu sua mensagem.
Uma coisa que acho muto legal nas obras de Tchekhov são os nomes dos personagens: muitas vezes, os nomes são sinônimos de palavras não tão engraçadas, por exemplo no conto "A Morte do Funcionário" o protagonista, que era um policial, se chamava Tcherviakov, traduzindo: verme; eu gosto desses trocadilhos que o autor usa pra descrever um personagem antes mesmo de narrar o conto. E ainda por cima, tem bastante cultura russa embutida no texto, um prato cheio pra quem gosta!
Eu sugiro pra vocês os seguintes contos - é bem verdade que todos são recomendados, mas os seguintes são mais que recomendados por motivos de: são espetaculares!
Bilhete Premiado
Casa-se a Cozinheira
Homem num Estojo
A Morte do Funcionário
Do diário de um auxiliar de guarda-livros
A Dama do Cachorrinho
E você, se interessou pelo livro e/ou pela literatura russa?