Olá!

Hoje tem resenha de um livro que devorei em dois dias, tamanho envolvimento que tive com a leitura. Nem comecei a resenha, mas já aviso que a leitura vale muito a pena. Com vocês, A Lista Negra, de Jennifer Brown.




A Lista Negra conta a história de Valeria Leftman, a Val. Uma das muitas vítimas de bullying que ocorre nas escolas norte-americanas. Ela namorava Nick Levil, um cara que curtia Sheakspeare e que também sofria bullying.
A trama começa no dia dois de maio de 2008, quando Nick abre fogo em vários estudantes no Colégio Garvin, onde todos estudavam. Tinha tudo pra ser mais um massacre, se não fosse por Val ter salvado Jessica Campbell, uma de suas bullers. Isso lhe custou um tiro na coxa. Passado o tiroteio – em que Nick se mata no fim – Val vai para o hospital, vivendo rodeada de cuidados para evitar um possível suicídio. Como se não bastasse, seu pai a culpava de tudo. Tudo, aliás, começou com uma lista.

A tal Lista Negra era um caderno – de capa vermelha, que ironia – em que Val anotava os nomes das pessoas que faziam bullying com ela. Seu erro foi ter compartilhado essa lista com Nick.
Um dia, no ônibus escolar, após mais um episódio de bullying, Christy, uma menina que adorava provocar Val, quebrou seu MP3 player, causando a fúria de Val. Imediatamente, Val comentou com Nick o que Christy tinha feito. Foi a gota d’água. Christy e seus amigos estavam na praça de alimentação. Nick fez como os atiradores: disse algumas palavras e em seguida começou o show de horror.

Daí pra frente, a vida de Val virou de ponta-cabeça: se afastou de tudo e todos e, o que é pior, nem seus pais acreditavam na melhora dela. O pai quer que ela se exploda e a mãe, que quem mais deveria ajudar... A favor dela, só mesmo o psicólogo, o único que acha que ela não vai se matar.

O que dizer desse suspense - segundo a autora é romance, mas, eu vejo que o romance ficou em segundo plano - que devorei em dois dias? Leiam! A trama te prende do começo ao fim, te leva ao encontro de Nick e Val, que tinham tudo para ser só mais um casal de estudantes, mas o bullying os impede de viverem suas vidas escolares. Sinceramente, achei pouco o que fizeram com os bullers. Parem para pensar: quem faz bullying é aquele que não tem base familiar, faz isso só para aparecer, digamos (aparecer não é o melhor verbo, mas não me veio outro à mente). Então, se os pais não ensinaram, a vida ensina. Mas ela cobra um preço alto demais.

Obviamente que sou muito contra massacres escolares, essa não é a forma correta de acabar com a violência escolar. Mas, já pararam pra pensar que nem todas as vítimas de bullying têm a quem recorrer? Assim como nos casos reais, inocentes foram mortos por Nick Levil. Ás vezes, os justos pagam pelos pecadores, o que acho muito triste. Torci para Val se dar bem durante a trama - um de seus apelidos era "irmã da morte" - fugir de seus pais que não se importam, da sociedade que não olha pra ela e até mesmo da saudade de Nick.

A Lista Negra é uma leitura para refletir, inclusive sobre como funciona a mente de um assassino, uma pessoa que calcula tudo, mas na hora de agir, usa o impulso. E os resultados são uma lástima. A Intrínseca está de parabéns, capa muito bonita, remete a um diário, tem uns relevos bem detalhados. Fonte confortável e times 14 patrocinam uma leitura prazerosa. Cada capítulo começa com uma breve reportagem - de Angela Dash, que não representa a classe jornalística - sobre o dia do massacre.

Leiam, apenas leiam. A Lista Negra é mais um instrumento para entender o bullying e suas consequências - para quem sofre e quem pratica. Muito recomendado. Espero que gostem da resenha e deixem suas opiniões - sem bullying, rs.