Olá!

Eu conheci a Lendari através de um e-mail que recebi de seu editor-executivo, Mario Bentes. Desde então, são três anos de amizade e parceria, incluindo uma bela entrevista que Mario me concedeu para a Nova Millennium, então um embrião/TCC. Parceria essa que foi renovada para 2018. Confira como funcionará este ano.
Este ano, a parceria funcionará da seguinte maneira: não haverá mais envio de livros, que, segundo o editor-executivo, é algo praticamente inviável para uma editora pequena. Por isso, Mario teve a interessante ideia de criar cupons de desconto. Ele chegou a essa ideia quando percebeu que o modelo atual de parcerias está praticamente desgastado - e eu partilho de sua opinião.

E como nós, blogueiros, sabemos que não tem essa de "livro de graça" numa parceria com uma editora, o blogueiro investe tempo na leitura e resenha (e em todo o espaço existente entre ler e publicar uma resenha) e a editora investe tempo em divulgar a obra, mas não sabe mensurar os ganhos reais desse processo - e nem preciso falar o quanto de dinheiro que as duas partes gastam para que um livro seja produzido, lido e resenhado. Não importa se o blogueiro gasta um ou cem reais para manter um blog (seja com layout, domínio ou até mesmo os souvenires para enfeitar as fotos), tudo é dinheiro.

Então, para que as duas partes tenham ganhos reais, a Lendari bolou a ideia do cupom de desconto - oh, a ideia já existe, mas não beneficiando as duas partes. Ou seja, se você comprar QUALQUER título na Lendari Store usando o cupom do Resenha - ele está no fim do post, mas ficará na sidebar durante todo o ano de 2018. Ah, e vale 10% de desconto. E se comprar usando o cupom deste blog, eu também ganho uma comissão, logo, se você compra um livro, tanto a editora como eu ganhamos.

Seria legal se demais editoras usassem esse método - ou criassem outros para uma melhor relação das parcerias - assim aproximaria mais os parceiros e os leitores da editora. Não consigo ver alguém perdendo nessa relação (pelo menos nesse primeiro momento). Então, agora é hora de conferir os canais oficiais da Lendari, editora voltada para a literatura fantástica cult e a primeira a estar na Bienal de São Paulo! (foi na edição passada).

Olá!

Nunca fui tanto no cinema como em 2017. E vi cada filme... um mais espetacular que o outro. E dessa vez vou falar de O Rei do Show, uma grata surpresa.

Título Original: The Greatest Showman
Elenco: Hugh Jackman, Michelle Williams, Zendaya, Zac Efron, Rebecca Ferguson
Ano: 2017
Duração: 2h 19m

O Rei do Show conta a história real de P.T. Barnum, criador do circo que leva seu nome. Ele era um enganador nato, com o desejo de ficar rico de maneira rápida. Tudo começou no tempo da rainha Vitória, quando Phineas, filho de um alfaiate, conhece a menina Charity, que após uma brincadeira, ele vai parar num colégio interno. Os anos se passam e nem a distância os vão separar. Mas a ideia de fazer seu show não saia de Phineas, por isso, quando perdeu seu emprego, ele foi correndo pedir um empréstimo no banco para criar seu museu – primeiro com bonecos de ceras depois transformando-o num circo, com trapezistas, mulher barbada, um gigante e assim por diante.

Barnum já tinha se estabelecido, mesmo com as críticas ao seu show. E nem assim ele desistiu. Mas o sucesso subiu um sua cabeça e ele acabou pagando por sua ganância. Muitos anos depois, com sua família estabelecida, ele queria mais e mais até que uma certa Jenny Lind entra em seu caminho. Apesar de suas falhas, o showman (como ele se intitulava) causou uma profunda mudança no entretenimento do país, pois até então ninguém tinha sido visionário como ele.

Que filme! Eu não sou a maior fã de musicais (detesto, do fundo do meu coração), mas tenho que aplaudir de pé todos os envolvidos no elenco. Tudo ficou muito bem feito e as atuações do Hugh e da Michelle são de encher os olhos. Computação gráfica na medida certa garantiu efeitos especiais maravilhosos. Um filme que preciso ter em DVD.

Eu fui com a Ani, do Entre Chocolates e Músicas, e saímos com a mesma impressão: a mensagem mais forte do filme é a da empatia. Como os astros do circo são "diferentes" - uma mulher de barba, um gigante russo, trapezistas negros e assim por diante - Barnum fez mais do que juntar todo mundo e fazê-los cantar e dançar, ele fez com que todos fossem respeitados. Além disso, há também a discussão sobre o preconceito: por mais que Barnum se esforçasse, ele sempre foi visto como o filho do alfaiate, até mesmo pela família de Charity.
Outro ponto positivo da obra é a trilha sonora. Feita por Benj Pazek e Justin Paul, a mesma dupla que fez a trilha de La La Land (e ganhou o Oscar por isso), as músicas falam de tudo o que acontece na trama e, a melhor parte é que você sai da sessão querendo cantar e dançar por todo o shopping, é simplesmente maravilhosa! (O álbum está disponível no Spotify, mas é óbvio que só recomendo ouvir APÓS assistir ao filme).

É verdade que a vida de Barnum não foi esse mar de rosas - ele já foi considerado o Rei do Embuste; embuste aqui está no sentido original da palavra, sinônimo de mentira), ele era algo como um espertalhão, sempre querendo explorar para ascender, mas, ainda assim, sua contribuição ao mundo do entretenimento é única.

Queria deixar claro que eu amei cada atuação, quando vi a sincronia do Zac com o Hugh, só lembrei de High School Musical. A Zendaya, que só conheço de nome, foi um arraso, Michelle Williams me encantou em cada cena, Keala Settle (a mulher barbada) foi a grande surpresa, ela não é tão famosa assim, que dizer, não era, porque depois desse filme... não tem como não virar fã! Tudo é tão lindo nesse filme que não tenho mais palavras para descrever.

P.S.: queria confessar que, uns dias depois, fui no cinema de novo, mas para ver outro filme. Ao lado da sessão onde eu deveria entrar, estava passando o trailer de O Rei do Show, comecei a meio que dançar no meio do corredor, ainda bem que minha irmã nem reparou nisso.

This is a greatest show!

Olá!

Dia de romance policial no blog e finalmente pude conhecer Henning Mankell. Tudo bem que li o último que foi publicado aqui no Brasil, pela Cia. das Letras, mas a ordem dos fatores não altera o produto (acho) então confira a resenha de Um Passo Atrás.
SKOOB - Um Passo Atrás começa com três jovens desaparecidos após saírem para uma certa comemoração durante o solstício de verão. A mãe de uma das vítimas sabe que algo está errado e pede a ajuda da polícia. Porém, ao receber um suposto cartão postal de sua filha, a polícia diz que nada pode fazer, que os jovens estão curtindo uma viagem pela Europa.

Enquanto isso, na delegacia da cidadezinha de Ystad, Kurt Wallander e sua equipe estão preocupados com o fato de que o detetive Karl Evert Svedberg não apareceu para trabalhar. Ele nunca faltava sem avisar. Kurt também falou com a mãe da jovem desaparecida, mas não estava convicto de que algo estava errado. Até descobrir que Svedberg fora encontrado morto em casa.

Algum tempo depois, os corpos dos jovens foram encontrados. Eles estavam em uma reserva natural, fantasiados com trajes do século XVIII e com tiros certeiros na cabeça. Desde então, Kurt sabia que algo estava errado e que a mãe de uma das vítimas – eram um rapaz e duas moças – tinha razão.

Para melhorar a situação, Kurt não gozava de plena saúde. Tinha péssimos hábitos alimentares e uma vida desregrada, o que, por consequência, o fez desenvolver diabetes. Além disso, ele sentia cansaço extremo é uma forte suspeita de que algo estava errado com sua saúde mental. Encontrar o assassino dos jovens e de seu colega o deixará extenuado, mas não vai se resignar e querer descobrir o que aconteceu, mesmo pressentindo que estava um passo atrás.
Queria dizer que as folhas têm a lateral verde.
Eu já assisti toda a série Wallander – disponível na Netflix, falei dela aqui – então comecei a leitura sabendo de algumas coisas sobre a obra (lembrando que cada episódio da série é referente a um dos livros) enquanto outras me surpreenderam. Adoro romance policial – principalmente se for escandinavo – mas tenho que dizer que, dessa vez, não me surpreendi com o desfecho – claro, eu já sabia como terminaria – mas ainda assim foi uma ótima leitura, pois pude conhecer a escrita de Mankell.

Por causa da série, tive uma ideia de como é Ystad. Porém, não tenho certeza se as gravações foram feitas na Suécia – a fotografia é muito bonita, diga-se de passagem – já no livro, as descrições foram tão precisas que pude ver com clareza como é o lugar. Wallander é incansável na busca por respostas, mas mesmo com sua equipe competente – Martinsson, Ann-Britt Höglund, Hansson, Lisa Holgersson e Nyberg – o assassino arquitetou tudo com perfeição, o que o ocasionou grandes problemas na solução do caso.

O caso, aliás, chocou todo o país, já que, depois dos quatro homicídios – será que havia ligação entre eles? – os policiais não sabiam como agir, sequer sabiam se ele iria matar novamente. É um livro eletrizante, pois o autor coloca pequenas pistas durante a leitura que nos faz sentir como se estivéssemos com o próprio assassino, já que a equipe policial não sabe de nada.

Para os fãs de romance policial que ainda não conhecem as produções suecas, faz-se necessária a leitura da série de Henning Mankell, pois ele popularizou o gênero fora do país, abrindo caminho para muitos autores e também fazendo a própria população pensar enquanto sociedade. Lembrando que os romances policiais fazem sucesso lá porque as instituições de Polícia/Justiça funcionam. É interessante ler para entender melhor um dos países que mais são bem vistos pelo mundo, além de, claro, conhecer um dos maiores autores que a Suécia já teve.

Compre aqui o seu exemplar de Um Passo Atrás.

Olá!

Depois de muito relutar, finalmente terminei a trilogia da Sophie Jackson e não podia esperar outra coisa de Amor sem Medidas. Um livrão desses, bicho.

Resenhas Anteriores: Desejo Proibido | Eternamente Você (conto) | Paixão Libertadora

SKOOB - Amor sem Medidas é o último livro da trilogia de Sophie Jackson e vai contar a história de Riley Moore, que trabalha na oficina mecânica onde é sócio de Max (do livro anterior) e trabalha duro para se manter na honestidade, após passar uns meses na cadeia. Ele mora em Nova York e suas horas vagas são preenchidas com bebidas e sexo. Muito sexo.

Sua vida está nos trilhos, até que recebeu uma ligação de sua mãe, dizendo que o pai tinha sofrido um infarto. Apesar de sua relação com o pai não ser das melhores, ele pega o avião (emprestado por Carter, do primeiro livro) e volta para Traverse City, no estado americano do Michigan. A cidade lhe traz muitas lembranças, todas relacionadas a Lexie Pierce.

Lexie foi sua primeira amiga e seu primeiro amor. Eles se conheciam desde os oito anos, mas por causa de diversas brigas e muita imaturidade, acabaram por se separar. Mas parte de Riley queria muito revê-la, pois ainda não a havia esquecido. Quando os dois se encontraram pela primeira vez, eles meio que pisaram em ovos, pois as mágoas e os bons momentos do passado estavam colidindo em sua mente. Mas, ao ver um certo garotinho, seu mundo vira de ponta cabeça. Ele tinha um filho. Lexie escondeu isso dele e o deixou maluco.

Muitas coisas ainda eram confusas para Riley, como sua relação com seu pai, mas essa novidade tomaria todos os seus pensamentos. O garoto se chamava Noah e era um poço de fofura, com seus quatro anos e sua inteligência afiada. Além disso, Riley estava confuso em relação a Lexie: deveria confiar nela?

Eu já estava com saudades desse universo maravilhoso criado pela Sophie. Enquanto fiquei muito feliz quando a Arqueiro divulgou o lançamento. Esperei a Black Friday e... Devorei esse livro no dia de Natal. Sério, não tem como não amar Riley Moore. Ele é uma pessoa do bem, apesar de ter passado uma temporada na cadeia. Pensa sempre no bem de todos e se dá super bem com sua mãe e seus três irmãos (todos homens).
A escrita dela é super gostosa e, por ter conteúdo erótico, algumas pessoas podem se incomodar com isso – eu não, pelo contrário, queria ter um Riley pra mim. É muito interessante ver como o amor de Riley por Lexie vem desde a infância, me faz acreditar que, às vezes, duas pessoas nascem destinadas uma a outra e nada pode destruir isso. O tempo vai passando, os amigos viram namorados e... a imaturidade destrói tudo.

Uma série de fatores fez com que Lexie escondesse a gravidez. Mas o estopim de tudo foi a morte do pai dela, que a fez mergulhar numa forte depressão. A depressão, aliás, foi abordada meio que por cima, não é o foco do livro, mas podemos notar o que essa doença silenciosa faz com uma pessoa. Logo, a autora mostra que a depressão afeta não só a pessoa que a tem, mas todas as pessoas a seu redor.

A relação de Lex com sua família (mãe, irmã e filho) é maravilhosa, eles a reergueram da depressão e fizeram com que ela se esforçasse em melhorar e até abrir uma loja, a joalheria "Com Amor, Você", que tem um sistema de descontos bem interessante: se a cliente (sempre mulher, pelo que entendi) estava em dúvida entre dois produtos (um anel e uma pulseira, por exemplo), Lex encaminhava a pessoa até um espelho e lhe entregava um papel em branco, onde a mulher escreveria uma dedicatória a si mesma. No canto do papel, apenas uma assinatura: “com amor, você”. Se a cliente fosse sincera na mensagem escrita, ganhava 20% de desconto em um dos produtos. Uma boa forma de se autovalorizar e ainda por cima ganhar um desconto.

Então, se você procura uma trilogia já publicada contendo uma linda história, personagens incríveis, crushes literários (tem para todos os gostos, Carter segue sendo meu favorito) e boas doses de humor e sexo, a trilogia Desejo Proibido é para você. Vou sentir falta de todos os personagens, confesso.

Garanta aqui seu exemplar de Amor Sem Medidas.