Olá!
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Cumprindo o quinto tópico do Desafio 12 Meses Literários - cujo progresso você acompanha na imagem oficial, na sidebar - cujo tema é "um clássico" -, não poderia ter escolhido outro. Particularmente, não sou de ler clássicos, mas... é aquilo lá, né... me chama que eu vou. Eu tinha falado em algum outro post que só retomaria a leitura de romances policiais com A Rainha do Castelo de Ar, mas surgiram outros títulos na frente e quero ler Millennium 3 a conta gotas finalmente pude ler algo do casal Sjöwall-Wahlöö. Confiram a resenha de Roseanna.
SKOOB - Roseanna é o primeiro volume (de 10) protagonizado pelo detetive depressivo (e que vive às voltas com resfriados) Martin Beck. Ele é um dos melhores detetives de Estocolmo e seu caso envolverá uma jovem morta, cujo corpo foi encontrado durante a dragagem de um lago. Sabe-se muito pouco sobre essa mulher. Só depois de três meses de investigação, descobriu-se que seu nome era Roseanna McGraw, norte-americana e passageira do navio Diana.
Beck, acompanhado de seus colegas Kollberg, Ahlberg e Melander, precisa correr contra o tempo, apesar de que, um tempo considerável já havia passado entre o corpo ser achado e as primeiras informações surgirem. Mas este protagonista lacônico, obstinado e desacreditado do sistema, não vai tirar o caso da cabeça, isso porque, conforme ele vai investigando, vai tendo a certeza de que o assassino está muito perto, só precisava peneirar as informações recebidas.
Romance é um gênero literário muito antigo, romance policial também, mas o romance policial que a Escandinávia exporta e que conhecemos hoje muito se deve ao casal Maj Sjöwall e Per Wahlöö (não faço a mínima ideia de como se pronunciam os sobrenomes). Nos anos 60, a produção literária na Suécia estava muito abaixo dos padrões**, até que Maj e Per criaram Martin Beck, um investigador de polícia que faz de tudo para resolver suas investigações, mas que tem seus demônios pessoais. Sem querer (ou querendo), eles foram os primeiros a popularizar um subgênero do romance policial, o scandi-crime - termo que descobri recentemente e, a partir de agora, vou usar toda vez que trouxer um romance policial advindo desta região.
**Para entender melhor o momento histórico da Suécia nos anos 1960, vale ler a biografia de Stieg Larsson, publicada pela Cia. das Letras. Além de falar da vida e obra do autor, ele explica com detalhes o boom dos romances policiais que começou com o casal Sjöwall-Wahlöö.
Assim como todos (praticamente sem exceção) os detetives, Martin Beck não tem lá uma boa relação com sua família. Sua esposa vive reclamando que ele trabalha demais, que é ausente e passa pouco tempo com seus filhos. Além disso, o casal foi um dos primeiros a trazer para a literatura problemas reais da população sueca que, à época, não era a maravilha de país que é hoje. Beck era o reflexo do que os suecos procuravam: justiça. Claro que, nesse tempo, já tínhamos Hercule Poirot e Sherlock Holmes, mas eles não eram identificáveis pelo povo. Querendo ou não, o casal abriu as portas, revolucionando o gênero.
E, se eles revolucionaram o gênero, vale ressaltar que muita gente bebeu da fonte Sjöwall-Wahlöö, entre eles o norueguês Jo Nesbø (preciso ler algo dele urgente), Henning Mankell (só vi a série Wallander) e Stieg Larsson (amém). Aliás, no caso de Larsson, a idolatria dele pelo casal é visível em vários pontos dos livros Millennium, inclusive na forma de escrever. Digamos que tem muito do casal na história de Lisbeth Salander. Vale ressaltar que Stieg, quando ainda respondia por Karl Stig-Erland, era leitor assíduo da série.
A edição da Record caiu em minhas mãos na melhor hora. Na biblioteca que eu frequento tem dois títulos do casal, mas são edições portuguesas muito antigas, até tentei ler, mas quando abri a primeira página, não entendi nada. O português europeu - antes da primeira reforma - é muito diferente, aí acabei desistindo. Então, fiquei muito feliz por ver que a editora publicou não só esse, mas também o segundo, "O Homem que Virou Fumaça" (em Portugal ele se desfez em fumo, rs), que já garanti e logo trarei a resenha para vocês. Ah, e o papel que a editora usou é aquele que encontramos nos romances de banca (o amarelado, com cheiro de velho, que com certeza tem um nome específico), que me remeteu imediatamente à clássico, rs.
Em 1997, a série de livros virou série de TV, com diversos atores interpretando o detetive mais cansado que já conheci, sendo a versão com Peter Habor (5 temporadas) a mais famosa - e alçando ao sucesso um jovem Michael Nyqvist, ainda como coadjuvante...
E como eu empolgo toda vez que falo sobre um romance policial - principalmente se ele for escandinavo - tenho que dizer para vocês que os livros devem ser lidos sim, mesmo com toda a dificuldade que envolve as séries, que nós sabemos que nem todas são continuadas. A nosso favor, a vantagem de serem volumes não (tão) seriados, ou seja, até dá pra ler fora da ordem, mas fica aquela pontinha de tristeza, porque clássicos deveriam ser publicados sempre, mas é aquela história, editoras são empresas e precisam pensar no lucro também, senão fecham as portas. Termine de ler este texto e corra para ler Roseanna!
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Ainda não li nada do tipo mas literatura policial sempre me atrai.
ResponderExcluirmemoriasdeumaleitora.com.br
Não sou de ler muitos romances policiais, mas a sua resenha me deixou empolgada em conhecer essa trama. Amei a capa do livro.
ResponderExcluirMEU AMOR PELOS LIVROS
Beijos
Ai gente, essa coisa de séries muito longas me causam um certo medo... sério. Sou meio doida e se começo a ler uma série tenho que ler toda... mesmo que o primeiro livro não me convença. Então prefiro nem começar séries longas... hahahahaha
ResponderExcluirBjos
Olá
ResponderExcluirFalar abre série sempre é algo peculiar kk, quanto mais se a mesma é tão grande assim (10 livros? Li certo kkk).eu gosto muito de livros policiais e sem dúvidas me aventuraria nessa obra. Amei a capa também. Até mais
Bjs
Oi, Kamila
ResponderExcluirSabe, eu nem conhecia o livro, apesar de ser um clássico, muito menos a série de tv rs.
Gosto de histórias policiais, por isso achei muto válida a dica. Leria um dia se tivesse oportunidade. Que bom que aproveitou a leitura.
Blog Livros, vamos devorá-los
Oie, tudo bem?! Adorei a dica. Eu sempre curto muito livros policiais, e sucos e noruegueses sempre são excelentes.
ResponderExcluirDica anotada!
Bjs
Olá!
ResponderExcluirNão conhecia os autores e a obra e confesso que o gênero romance policial me era muito querido na adolescência por causa de Agatha Christie, mas com o passar dos anos passei a fugir dele, por isso, infelizmente, passo a dica.
Só uma coisa que me deixou intrigada é o fato de um livro tão recente ( de 1960) ser considerado um "clássico" sendo que a obra E o Vento Levou ( de 1940) ainda não o é, achei meio estranho.
Bjss
Tudo é uma questão de contexto histórico, pelo menos para mim. E quem disse que E O Vento Levou não é um clássico?
ExcluirOie! Tudo bem?
ResponderExcluirInfelizmente dessa vez passo a dica, não nego que deve ser um livro muito bom e desenvolvido, mas faltou algo nele que despertasse meu interesse para realizar a leitura, mas vou deixar a dica anotada quem sabe futuramente eu realize a leitura, até porque seria de dois autores que não conheço, bom para sair da zona de conforto!
Bjss
Olá
ResponderExcluirVocê é seus policiais escandinavos huahua, eu amo livros policiais também, mas ainda não consegui ler um nenhum sueco, tenho alguns na lista já, e agora vai entrar mais um.
Oii! Tudo bem?
ResponderExcluirSão bem poucos os livros policiais que já li. Mas esse livro parece ser muito bom, ainda mais por ser diferente, ser um livro escandinavo.
A capa já é linda por si só!
Então que venha mais um pra lista haha.
Beijooos <3
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirCaramba, você deu um verdadeira aula de história sobre o livro!! Acho ótimo a ideia de trazer livros que são clássico a tona novamente. Infelizmente não tenho muito costume de ler romances policiais, mas é uma ótima dica para quem gosta.
Bjs!
Fadas Literárias
Oiiii Kamiiii
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar dessa obra acredita??? Nem eu... kkkkk
Menina são tantos livros bons nesse mundo... graças a Deus!
Adorei sua resenha e me empolguei bastante, inclusive com as informações a respeito dos autores ;)
Dica anotada super!!!
Oi Kamila, tudo bem?
ResponderExcluirEu amo ler clássicos e amo mais ainda romances policiais, então enquanto lia sua resenha fiquei me perguntando o motivo de eu ainda não conhecer este livro. Creio que não tenha lido nenhum romance escandinavo, então já fiquei curiosa pela ambientação dos anos 50 e 60 e por todo contexto. Com certeza, seria uma obra que me encantaria. Ficarei no aguardo da próxima resenha que tem esse detetive como personagem principal.
Beijos!
Oiii Adorei a resenha, bem legal o conhecimento que você tem sobre o gênero tb, eu não leio muito do gênero mas me interessei por esse, se não fosse o fato de ser uma série de 10 volumes kkk
ResponderExcluirTalvez eu dê uma chance!
Beijos <3
Oi Kamila! Menina, você está me deixando super curiosa com todos esses livros suecos que você está trazendo! Já anotei o nome de alguns e vou anotar desse também. Gostei da sua resenha, a premissa me agradou bastante, fiquei curiosa para conhecer a história, os personagens, esse mundo novo! Obrigada pela dica, beijos!
ResponderExcluirOlá, tudo bem?
ResponderExcluirOk, definitivamente você está gravando no meu inconsciente: leia esses livros! hahaha
Fico curiosa a cada resenha, e adorei esse termo novo. XD
OK, entrou para lista de desejados, você, finalmente, me convenceu, bota ler romance policial!
Beijo!
Olá linda,
ResponderExcluirComo eu poderia dizer E o vento levou e Roseanna são clássicos sem sombra de dúvida, porque preenchem todos os requisitos para enquadramento do mesmo e fiquei super, hiper e mega curiosa com esses livros, porque sou garimpeira de livros da escandinava, porque ando lendo alguns livros dessa área.
Beijocas!
Ui, primeiro de dez?! Mas como se trata de uma série investigativa dá pra entender rsrsr. Já me interessei só em saber que os autores foram os pioneiros no subgênero.
ResponderExcluirVou ler Roseanna e vou procurar o seriado também.
Oi Ka... menina do céu que série mais longa ein... mas confesso que fiquei curiosa, você sempre trazendo livros interessantes para a gente conhecer e querer fugir da zona de conforto né... bom este eu não sei se lerei, mas se eu tiver a oportunidade com toda a certeza. Fiquei bem mais curiosa sobre a série... nem sabia da existência e vou procurar para saber mais... xero!
ResponderExcluirOlá Kamila,
ResponderExcluirQue série gigante, jesus!
Ainda não conhecia esse título, mas achei interessante o fato de a depressão ser algo presente na história. Te entendo quando você diz que o Português europeu antes da reforma era difícil de entender porque já tentei ler uma vez e não consegui.
Achei a premissa fascinante e vou super anotar a dica.
Beijos
Já fiquei assustado quando li que essa série tem 10 volumes, é pior que GoT! Mas sério, acho legal histórias com detetives, se eu tivesse tempo, iria ler com toda certeza. Mas uma super dica, pois não conhecia essa série.
ResponderExcluirOlá! Não tenho tanto hábito de ler policiais, mas adorei saber um pouco mais da história desse clássico! Realmente todos os detetives trabalham demais e têm problemas com a família, principalmente por conta disso. Adorei saber os detalhes do volume escrito em língua portuguesa de Portugal, bem como saber da peculiaridade do papel usado pela editora, realmente uma ótima sacada. Já li Jo Nesbo e me interessei pela leitura desse livro, que me pareceu ótimo.
ResponderExcluirBeijos!
Karla Samira
http://pacoteliterario.blogspot.com.br/