Olá!
No Vida Literária de Março, a Ani (Entre Chocolates e Músicas) escolheu o livro Os 13 Porquês, de Jay Asher, para que ela, eu e a Raíssa (O Outro Lado da Raposa) lêssemos, discutíssemos e, por fim, fizéssemos nossas resenhas. Infelizmente, essa história não me cativou tanto assim, vem comigo pra saber o porquê.
Skoob - Os 13 Porquês conta a história da jovem Hannah Baker, que se suicidou. Até aí algo super normal, infelizmente, na cultura escolar norte-americana. Mas, antes de morrer, Hannah gravou uma série de fitas - sete - e em cada uma delas ela explica o que a levou a tomar essa decisão radical.
A caixa contendo as fitas vai parar na casa de Clay Jensen, que a encontra após chegar da escola. Ele sempre gostou de Hannah, mas nunca teve coragem suficiente para dizer. De início, ele fica sem entender porque recebera a tal caixa, mas se ele não as ouvisse e passasse adiante, elas se tornariam públicas. Ele, temendo sabe-se lá o quê, resolve ouvi-las. E se surpreende.
Vários nomes são citados nas fitas, cada um com uma história um tanto tensa. Clay está louco para saber o que ele fez para estar ali. Além das fitas, ele recebe também um mapa, com diversos pontos selecionados, que ele deve visitar escutando as fitas. (Nota: ele arruma um walkman com um amigo).
E, basicamente, a história é isso. Por mais que a ideia de contar uma história através de fitas K7 seja muito original, Hannah Baker não me convenceu nem um pouco. Sei lá, algo nela me pareceu falso. Mesmo que os motivos que a levaram ao suicídio sejam os citados nas fitas, é como se ela, ao saber dos acontecidos, não fez nada. Por mais que ela fosse a menina nova do bairro, ela poderia, sei lá, ter feito alguma coisa, qualquer coisa, para se defender.
O que posso dizer sobre as motivações envolvem uma palavra: boato. O que era um simples boato acabou se tornando uma enorme bola de neve, e, em dado momento, tornou-se indefensável para Baker. Mas, ainda assim senti a impressão de que faltou algo para que ela me convencesse - mesmo - a terminar com tudo de maneira drástica. Resumindo: ela estava sozinha e assim permaneceu.
"Ah, mas ela é a novata do bairro, quem iria acreditar na palavra dela?" Esse foi um ponto discutido na conversa entre mim e as meninas. Sim, ninguém acreditaria nela, mas ela poderia tentar, pelo menos. Não entra na minha cabeça que ela tenha ficado calada, mesmo não tendo o apoio de absolutamente ninguém, o que é cruel, óbvio. Talvez eu pense assim porque, se estivesse na pele dela, eu gritaria, escreveria nas paredes, bateria em algum dos envolvidos, sei lá, mas faria alguma coisa pra me defender, mesmo que tudo fosse em vão, no fim das contas. Claro que boato nem sempre é possível de desmentir, infelizmente, mas pelo menos ela poderia ter tentado, poxa!
"Ah, mas ela é a novata do bairro, quem iria acreditar na palavra dela?" Esse foi um ponto discutido na conversa entre mim e as meninas. Sim, ninguém acreditaria nela, mas ela poderia tentar, pelo menos. Não entra na minha cabeça que ela tenha ficado calada, mesmo não tendo o apoio de absolutamente ninguém, o que é cruel, óbvio. Talvez eu pense assim porque, se estivesse na pele dela, eu gritaria, escreveria nas paredes, bateria em algum dos envolvidos, sei lá, mas faria alguma coisa pra me defender, mesmo que tudo fosse em vão, no fim das contas. Claro que boato nem sempre é possível de desmentir, infelizmente, mas pelo menos ela poderia ter tentado, poxa!
Mas nem tudo é ruim nesse livro, Jay Asher traz uma importante mensagem: quando você diz/faz algo de ruim contra uma pessoa, você não a afeta somente naquele momento ou naquele meio, você afeta TODA A VIDA da pessoa; o seu boato/bullying/falso testemunho/piadinha destrói toda a teia que molda a vida dessa pessoa. E é isso que vemos na história. Independente do que Hannah fez (ou não) para converter a situação a seu favor, tudo o que fizeram com ela (conscientemente ou não) desencadeou toda essa situação que levou ao suicídio.
Um esclarecimento sobre suicídio que ouvi num programa de rádio: a pessoa só pensa em se matar porque ela quer colocar um ponto final em seu sofrimento. Ela não gosta da ideia de morrer, só pensa em terminar com a situação em que está passando.
É meio paradoxal o que vou dizer, de acordo com o que disse até aqui, mas vamos lá: se você conhece alguém que está ali, calado demais, sempre falando em coisas pesadas, que tal tentar conversar com ele? E se você está passando por algo ruim, que tal conversar com alguém? Mostre preocupação com essa pessoa, às vezes, uma conversa ilumina a mente dessa pessoa. E se alguém quiser conversar com você, escute!
Li a edição digital, então, sem comentários sobre revisão e diagramação. Ainda assim, espero que mais livros do autor cheguem ao Brasil.
Concluindo, a escrita do Jay é boa, mas a trama não me convenceu por causa da passividade de Hannah. Valeu demais sair da zona de conforto, mas não é o tipo de história que eu recomendaria a alguém, por causa da protagonista em si. Porém, recomendaria pela originalidade da trama. Nunca que eu pensaria em escrever algo assim. A mensagem que ele transmite sobre suicídio, boatos e cultura escolar é bem interessante.
Demorei muito para ler e conhecer esse livro e me arrependo disso, é uma obra pesada e necessária. Falar sobre depressão, pressão e suicídio é necessário com os jovens. Passamos mais tempo tentando nos esconder do que antigamente. Nenhuma vida é fácil, todos nós temos problemas, mas podemos resolver com amigos, por isso, sempre procure ajuda! Sempre. Os 13 Porquês me fez repensar muito em minha vida. - Ana.
É bem complicado escrever uma resenha desse livro, até porque é um tema muito delicado e complexo. O tema central é o suicídio e cada um vê essa situação de uma maneira diferente. Mas, ao mesmo tempo, é importante que isso seja discutido, pois ainda existe muita desinformação a respeito das causas do suicídio, principalmente a respeito da depressão, que é a principal delas. O livro já em suas primeiras páginas começa com um clima bem pesado, o leitor é envolvido pelas palavras de Hannah nas gravações e um sentimento ruim começa a se instalar na nossa cabeça. Ainda assim é importante continuar a leitura, por mais que você nem sempre concorde com ela. - Raíssa
P.S.: dia 31 de março, vulgo hoje, estreia a série na Netflix, 13 Reasons Why, com produção de Selena Gomez. Vou assistir? Ainda não sei, mas parece ser uma série muito bem feita.
Olá
ResponderExcluirEu tive um grande problema com Hannah também, é justamente isso, ela não se ajuda, eu também achei quase todos os motivos muito bobos, superficiais mesmo, não sei se é porque conhece um caso que aconteceu na família, mas foi um livro que me decepcionou tremendamente.
Oi Kamila! Tenho muita vontade de ler esse livro, principalmente agora por conta da série na Netflix. A história parece ser interessante e me deixou curiosa para saber quais foram os motivos. Mas eu também concordo com você, pois não importa qual seja o motivo, sempre há uma solução que não desencadeie em suicídio. E ao ler a sua resenha, isso me fez refletir. Existem muitos casos assim e acho que mesmo sendo uma leitura pesada, também é necessária. Ótima resenha, bjss!
ResponderExcluirMenina do céu, eu comprei esse livro mas ainda não chegou e estou morrendo de vontade de ler! Aí comecei a assistir a série e não estou me aguentando de tanto amor! Sua resenha me empolgou ainda mais, quero muito, muito ler ♥️
ResponderExcluirMEMÓRIAS DE UMA LEITORA
Já tinha ouvido falar do livro, mas não tinha clima pra ler. Por motivos pessoais, eu estava procurando (ainda estou, em grande parte) por historias fofas e leves. Reconheço o mérito do livro em destacar uma situação atual e colocar em discussão as consequências. Gostei de você apontar o que te incomodou - creio que isso também chamaria a minha atenção. Talvez eu leia, mas não será agora. Abraços!
ResponderExcluirOla, Kami.
ResponderExcluirEstou ansiosa para assistir a serie, ela vem dividindo várias opiniões diferentes.
Já li o livro e compartilho da mesma opinião que você, o livro é muito parado nessa coisa toda da personagem que morreu, mas traz uma boa lição para os leitores!
Oi Kamila, gostei muito da resenha, eu tentei ler este livro, mas não evolui, eu comprei a edição digital e fiquei confusa as vezes. Acho que irei somente ver a série.
ResponderExcluirBeijos Mila
http://dailyofbooks.blogspot.com.br/
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirAcho que sua resenha bate mais com o que sinto. Não é um livro que eu queira ler ou que chame minha atenção, não pelo tema, mas pela abordagem, enfim.
Beijoss
Oi Ka, tudo bem???
ResponderExcluirEu não tenho pretensão de ler o livro, apesar de achar que ele sempre será mais completo. Assisti hoje os dois primeiros capítulos da série... eu gostei, mas achei a Hannah bem egoísta com este fato, não sei o que se passa na cabeça de alguém que decide dar fim a sua vida... acho que por mais difícil que as coisas sejam, você pode procurar ajuda, ainda mais porque parece que a mãe dela parece uma boa mãe... eu estou apenas supondo pelos dois capítulos que assisti... sim um boato pode ser transformado em algo bem mais forte e potente, mas ainda assim não acho que deve ser tão forte a ponto de se matar enfim, preciso assistir os demais capítulos para ter uma noção real do que esperar rs. Xero!
Oiee Kamila ^^
ResponderExcluirEsse livro também não deu tanto certo para mim. Acho que criei expectativas demais, sabe? Fui lendo resenhas que falavam tão bem dele, e se tratando de um assunto tão forte e até então pouco falado (pelo menos quando eu o li), esperei muito mais. Estou curiosa para ver a série agora :)
MilkMilks ♥
Oiii!
ResponderExcluirQue bom que saiu dá zona de conforto!
Eu adorei a experiência e me envolvi com a obra! Foi uma grande leitura.
Espero mais livros do autor!
Beijinhos
Oi Kamila
ResponderExcluirEu adorei seu post e suas considerações.
Concordo com vc! A idéia é original, a forma como foi trabalhada também não me convenceu.
Achei o livro bem chatinho, pra te dizer a verdade.
Não estou animada pra ver a série.
Bjs
Olá tudo bem?
ResponderExcluirEu tenho muita vontade de ler esse livro, mas ele está sempre tão caro nas livrarias que acabo deixando passar. Agora que vi a chamada da série na Netflix eu fiquei doida, porque a gente sabe que as adaptações nunca são fieis aos livros e eu queria tanto ler antes de assistir. No mais eu achei a ideia bem desenvolvida e é algo que eu nunca li em outras obras. Acredito que vou gostar bastante. Espero não ter problemas com a Hannah.
beijinhos!
Olá lindona,
ResponderExcluirQuando eu li eu achei um tanto injustificável a postura de Hannah de ser passiva em receber gratuitamente difamação e calúnia, até porque crianças são suscetíveis a ser passivas quando são agredidas, mas adolescentes podem reagir e algumas vezes ele coloca apenas ela como vítima e quando o correto é que todos somos vítimas e culpados pelas agressões verbais e emocionais que sofremos diariamente...a série ficou mais completa, mas também peca em mostrar uma visão unilateral.
Beijos!
Não li esse livro porque toda vez que eu tentava comprar ele estava esgotado, até que perdi a vontade hahaha.
ResponderExcluirEstou assistindo a série e adorando... Não sei se há diferenças, mas por enquanto não tenho visto esses "defeitos" na Hannah. Cada um reage de um jeito, e tem gente que infelizmente nem reagir consegue. As vezes pensamos que faríamos diferente, mas não podemos dar certeza também. Tenho tentado me colocar no lugar dela enquanto assisto e é arrasador :(
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEu não curti o final, achei que faltou algo.
É difícil se apegar a uma personagem com a qual não "interagimos".
Bem, eu penso que, a maioria das pessoas que sofrem bullying não conseguem reagir, por ter esse conhecimento, isso não me incomodou tanto.
Mas, como disse acima, me decepcionei com o final...
Beijo.
Ana.
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEssa série foi muuuito boa!!!
Adorei a mensagem que eles passaram, e o modo como a fizeram!
O livro realmente é ótimo, mas a narrativa deixou um pouco a desejar no meu ponto de vista, queria que os demais "porquês" também fizessem parte da narrativa.
Um beijo.
Olá,
ResponderExcluirUma pena que a obra não tenha conseguido te cativar quanto esperava.
Concordo que a ideia de desenvolver a trama através das fitas é bem original mesmo, mas fico triste por não te convencer.
Vi várias resenhas bem positivas e achei interessante a sua ser um tanto divergente das demais e mostrar outros pontos.
Ainda não fiz a leitura da obra, mas tenho muita vontade de ler e espero que seja em breve.
LEITURA DESCONTROLADA
Justamente por não saber o que se passa na cabeça de um suicida é que não podemos e não devemos achar motivos plausíveis que o levaram ou levarão a isso. Quando você está triste, você sabe o que está sentindo, você conhece onde a ferida dói mais. Ninguém além de você sabe o que te afeta e o que não. Para Hannah esses 13 porquês foram cruciais, não há o que julgar aí. O ponto é que as pessoas precisam tomar cuidado com o que falam dos outros, precisam entender que todo mundo tem espaço nessa vida e que você e nem ninguém tem o direito de apontar o dedo e fazer julgamentos. Esse livro mostra que as pessoas não são 100% do tempo boas e nem de todo ruins. Todo mundo erra uma vez ou outra na vida, mas quando isso acontece precisamos estar dispostas a concertar o que fizemos. Nem que seja com um simples pedido de desculpas.
ResponderExcluirOlha só que legal! Terminei de ler este livro ontem, ou melhor hoje já que comecei ontem e terminei de madrugada. Eu comecei a ver a série aí parei para ler o livro e hoje retorno a série.
ResponderExcluirEu senti falta da família dela, ficamos sabendo dos porquês e como cada um teve sua parcela de culpa, mas a família é menciona superficialmente, como quando ela corta o cabelo e quando fica de castigo por do caimento do rendimento escolar.
Contudo eu gostei e acho que todo adolescente e jovem adulto deveria ler e no geral deve servir de aprendizado, pois levanta a mão quem nunca acreditou ou levou adiante um boato?
Ooi!
ResponderExcluirEstou lendo a assistindo a série ao mesmo tempo e os dois estão me tocando profundamente. Muitas vezes desde que comecei a assistir/ler me peguei refletindo sobre o que faço. seria melhor dizer: o que não faço. Eu sou muito Clay! E assim como a história tem me feito repensar sobre muito coisa, eu espero que aconteça isso com muitos outros.
Ainda não terminei a história, mas até o momento não me incomodei com a Hannah. Só sinto uma espécie de dor por ela, o por todos que passam pelo mesmo. Não acho que os motivos são superficiais. E mesmo se parecessem pra mim, para cada um é diferente. Até a própria Hannah diz algo relacionado a isso. Algo sobre ninguém saber sobre vida dela, sobre o que ela sentia...
Não vejo a hora de finalizar a leitura e a série. <3
Beijoos!
Oi, Kamila!
ResponderExcluirOntem mesmo conferi uma resenha do livro que, além de ser positiva, expôs bem que a questão envolvendo o tema e o suicídio da personagem e, ainda que a sua não tenha sido de todo positiva devido sua relação com a Hannah, mas os pontos que você ressaltou sobre ouvir alguém que parece calado demais ou que só está agindo e falando de forma pesada e negativa é uma dica mais do que necessária atualmente, mas infelizmente muitas pessoas ainda fazem pouco caso da situação. =( Queria muito ter lido o livro antes da estreia da série, mas não pude e cheguei a ver oito episódios dela ainda, pausando os últimos devido a carga mais pesada deles, mas quando um dia puder ler o livro, espero gostar dele assim como a série se mostrou tão bem feita, na minha opinião.
Beijos!
♥ Sâmmy ♥
♥ SammySacional.blogspot.com.br ♥
♥ DandoUmadeEscritora.blogspot.com.br ♥
Bom, Kams... eu não li o livro, não lembro pq. Mas assisti á série toda em 2 dias. Vou te contar uma coisa que talvez possa servir como uma leve explicação do porquê da imobilidade da Hannah: as pessoas não são iguais. Você tem força suficiente pra reagir. Eu também tive, enquanto todo mundo me chamava de vesga, de girafa, de perna torta, eu era o destaque dos colégios onde passei. Conheço pessoas que foram menos humilhadas do que eu, outras que passaram por situações semelhantes a da protagonista e que simplesmente não conseguiram reagir. É delas. Além disso, pelo que vi na série, Hannah até soube reagir em muitos casos, mas o estrago já estava generalizado. Ela tb pediu ajuda... que foi negada. E nem todos os adolescentes tem uma relação de cumplicidade com os pais. Suicídio é drástico para quem vê, quem não está sentindo. Atualmente, eu não tomaria uma decisão dessas, mas quando fiquei surda e me vi naquele tipo de sofrimento, não posso nunca dizer que a ideia não me passou pela cabeça. Passou várias vezes. Pq tudo que queria era que a dor passasse e, na época, eu não via outras formas disso acontecer. As pessoas não são iguais, só isso.
ResponderExcluirKamila eu to é louca para ler e assistir a série garota, eu sempre evitei ler esse livro devido alguns problemas do passado, mas agora finalmente me sinto amadurecida para enfrentar os problemas que tive, as pessoas são únicas no mundo e sei que assistindo essa série tudo mudara, pretendo assistir primeiro porque to sem grana para comprar, mas lerei futuramente.
ResponderExcluirBeijinhos
Ola Kamila lindona, ainda não li o livro, e temas como esse onde as pessoas que se suicidam deixam pistas, não me agradam muito, o tema em si é muito importante e deve ser sempre discutido, mas acredito que teria a mesma visão que você sobre a protagonista. Pretendo dar uma espiada na série, e quem sabe em outro momento ler o livro. beijos
ResponderExcluirJoyce
Livros Encantos
ESTE COMENTÁRIO CONTÉM SPOILE. Oie, fiquei muito feliz de ver alguém com o mesmo senso crítico que eu. Também tive dificuldade em encarar de forma "toda" positiva a história tratada, porque não consegui aceitar a protagonista, ela foi muito passiva a tudo o que acontecia com ela, e teve situações que ela mesma se colocou. Por exemplo quando ela vai pra casa do cara que estuprou a amiga dela... Poxa fiquei muito indignada. Mas num todo a história traz uma temática extraordinária, e uma mensagem Fantástica.
ResponderExcluirPor nunca ter lido o livro, não tenho como opinar e tals. Só sei que pelo o que as pessoas vem falando, a história é pesada e traz uma mensagem muito importante.
ResponderExcluirEm relação a seu ponto de vista, creio que só estando na pele da pessoa para saber que forma você reagiria. Ela se calou, não fez nada, ok. Mas é algo que pode acontecer, ninguém é igual.
Sim, concordo plenamente, que as pessoas reagem de diferentes formas, entendo mesmo. Mas n pude deixar de ficar indignada quando ela foi a casa do cara que estuprou sua amiga, ele mesma viu sabe, ainda foi lá, ela se colocou em perigo tá entendendo. Vi muita gente comentando numa forma de movimento "não seja um porquê", e a mensagem é incrível, devemos mesmo nos policiar pra não ser a causa do sofrimento do outro, mas também vai outra mensagem "não seja Hanna", não seja passiva, não seja tolerante "as brincadeiras", não rejeite ajuda! PS: não estou sendo indiferente a mensagem da história nem quero ofender ninguém.
ExcluirOei!
ResponderExcluirEu ainda não tive a oportunidade de ler esse livro, mas sei um pouco da trama, devido a adaptação.
Mesmo não tendo gostado da trama, eu ainda estou curiosa para conferir a leitura. Acredito que vou gostar dessa história.
Bjks!
Histórias sem Fim
Olá Kamila,
ResponderExcluirNossas impressões sobre esse livro foram bastante parecidas. Também pensei no porquê de Hannah não ter dito nada e entendi que ela não o fez porque só era nova.
Entretanto, como você bem disse, nem tudo é ruim nesse livro e acho que a mensagem dele é muito boa e que todos nós - que podemos ser porquês - precisamos ler e aprender.
Beijos
Olá...por todo lugar que eu ando vejo algo a respeito dessa obra, ela é a febre do momento com a nova série da Netflix (tudo qe eles resolvem lançar do universo literário gera um alvoroço tremendo).
ResponderExcluirAdorei suas considerações sobre a obra, recebi de presente de amigo secreto no último Natal, mas não consegui ler até agora devido as inúmeras obras que tenho na fila.
Também não conferi a série ainda, pois queria ler primeiro.
Abraços
Eu não assisti e não li o livro ainda. O que me preocupa é a atribuição de culpas. Eu não falo da boca pra fora, já perdi um grande amigo assim, e é terrível carregar uma culpa por mais que vc não tenha tido na realidade, porque sempre vamos pensar que podíamos ter evitado. Muita coisa pode ser evitada, mas infelizmente outras acontecem mesmo que a gente busque evitar. Dia 1 de abril agora eu tentei me matar, parei no UPA, fizeram uma lavagem estomacal em mim. Só depois durante a semana ouvi falar da série e muitas coisas são ditas sem que se saiba realmente o que acontece. Sofri bullying também, pelo meu sotaque, por ter vindo de outro lugar, por religião (e nem era diferente, era só porque eu não havia sido batizada quando criança), por ser quieta, por como não conseguir me soltar e jogar bem nas aulas de educação física, pelas minhas roupas... várias coisas pequenas que os colegas conseguiam me destruir por dentro com os seus olhares, comentários, ironias, risadinhas... Só que isso tudo foi parte, eu tive coisas muito ruins que aconteceram na minha família, violência. Psicológica e física. Já aconteceram várias outras coisas que se juntaram e me fizeram a tomar essa atitude, assim como meu amigo teve as dele, a personagem teve as dela. Ainda falta muita empatia nesse mundo, muita falta de conhecimento sobre como é ser alguém que pensa em morrer todos os dias da sua vida, e que quando não sente isso, fica ao menos aliviado. Já tentei pedir ajuda de uma forma ou de outra, a família, amigos, coordenador e professores da minha faculdade, terapeuta, médicos... pessoas pouco conhecidas. Ainda as pessoas não sabem como ajudar, e não as culpo. A ajuda que eu tive no UPA foi "não faça essa bobagem menina", "todos temos problemas". Eu estava passando muito frio e com vontade de fazer xixi a madrugada toda, uma enfermeira me respondeu quando eu disse que precisava ir no banheiro (com uma sonda no nariz e soro na mão): "o certo era você levantar e ir". Não vou dar detalhes da minha família e amigos, mas quem esteve comigo fez o que pode para me ajudar naquele momento. Teve no outro dia seu momento de cansaço e se irritou comigo, mas eu juro, eu não fiz por mau. Há vontade sim no fundo que as pessoas se sintam culpadas um pouco, mas não por maldade, mas para que enxerguem algo que sempre tentamos mostrar para que enxerguem. Eu não morri, mas parece que minha vida acabou. Não tenho cabeça nem para fazer as provas da minha faculdade. Adivinhem o curso? Psicologia. Quem estuda sabe que é muito complicado lidar com algumas coisas estudando psicologia, acreditem, você estuda muitas coisas complicadas, pesadas e que vão a fundo sobre o ser humano. Enfim, desculpem pelo desabafo, talvez eu esteja falando muito pela emoção, mas tenho muito medo da banalização sobre alguns assuntos, sobre achismos e ao mesmo tempo fico aliviada que as pessoas estão começando a se preocupar mais com essas coisas, a levar a sério, a não achar que são frescuras, coisas que há 2 anos atrás eu ouvi falar ainda, por exemplo. Estou atordoada com tudo, cansei da frieza de muitos psiquiatras e de ouvir pessoas dizendo "conta comigo", mas que não da pra contar realmente. Mais uma vez desculpem.
ResponderExcluirSaty strong! Mantenha se firme, eu não sei o que aconteceu com você , nem te conheço mais sei que tudo uma hora passa. Tenha fé que tudo uma hora vai passar! Mantenha se firme !
ExcluirOlha uma coisa eu te digo Jesus te ama, assim como nosso corpo precisa de alimento,o nosso espírito também precisa, procure uma igreja que se sinta bem,Procure nosso mestre Jesus dele vc ira obter a força que precisa, não pense mais em suicídio,Deus nos deu a vida que é uma dádiva,Jesus fala que no mundo tereis Aflições mais tende bom ânimo pois ele venceu e vc também vencerá.
ExcluirOi,
ResponderExcluirsabe que eu não li o livro e nem assisti ao filme ainda? e de verdade, não tenho vontade, mesmo vendo esse furor todo na internet....é um tema que eu não gosto, começa daí, mas também é um tema que eu acho perigoso demais discutir sem embasamento e penso que o livro, não tem o embasamento e o cuidado fundamental já que é um livro para adolescentes.
Tratar desse assunto é sério e, na minha opinião, não deveria estar no livro...enfim, amei a sua resenha e seus pontos colocados, está perfeita!!!!
Olá
ResponderExcluirAssisti ao seriado recentemente e sério fiquei chocada com tudo o que aconteceu com a Hannah, eu entendi muito porque ela se sentiu perdida e fez o que fez.
Claro que isso nunca é uma melhor opção, mas ela realmente não tinha para quem recorrer, ela tentou de tudo e nada melhorava na sua vida.
Fiquei realmente muito triste por pensar que muita gente se sente assim e não fazemos nada além de piorar tudo.
Não gostei do final dessa série,o Bryce não foi preso,o Alex deu um tiro na cabeça ou foi o Tyler que atirou na cabeça dele? Porque o Tony tinha um ponto de interrogação no papel? Fiquei sem entender
ResponderExcluirJá ouvi tanto falar desta série, mas ainda não tive tempo para nem ver nem ler o livro. Vou tentar agora nas férias!!
ResponderExcluirEu sou um ex-suicida, sim isso existe.Eu estou assistindo a serie, estou na fita 6, bom gostaria de deixar algumas coisas claras para as pessoas que nunca sofreram bullying,eu era um aluno novo em um colégio novo entrei no turno da noite, era mais um cara que gostava de heavy metal e fui para em uma escola onde a maioria era funk-queiro.Eles simplesmente me hostilizaram desde o primeiro dia. Pq algumas meninas se interessaram, por eu ser"o cara" diferente. segundo, não me enturmar nos intervalos e nem saia da sala pois se caso o fazia eu me tornava alvo de empurrões, rasteiras, xingamentos e etc. Não consegui ficar nem 3 dias e pedi para passar para o turno da manhã. Foi bem pior, se vc tem algum amigo vc acaba "suportando"a escola, mas no meu caso eu era tímido, calado, ou seja um alvo fácil. As pessoas podem ser seu pior pesadelo na escola, e fica pior se alguma menina se aproxima de vc parece que é como dizer a todos que vc esta ROUBANDO a namorada de alguém. Eu apanhava tanto que só ia ao banheiro durante as aulas, pedia licença a professora quando já não aguentava mais segurar (sempre tive problemas de rins) Ah, os professores e diretores são TOTALMENTE CONIVENTES COM QUEM FAZ BULLYING, eles fazem vistas grossas para esses acontecimentos raramente intervem e geralmente contra vc. Quando passei para a 5ª serie fiz amizade com um menino que como eu gostava do mesmo tipo de rock, ai a escola passa a te tratar como "viadinho", e na minha cabeça só aumentava meu stress, ninguém vem te perguntar como é seu relacionamento em casa, se seu pai é um abusador que bate na tua mãe e em vc quando esta na crise de esquizofrenia, que vc só vai entender que ele tinha depois de uns 20 anos.Ai junta essa sua vida de merda, medo, stress, silencio, vc chega em casa pega todos os comprimidos que sua mãe toma pra ficar calma e vc engole todos e vola pra aula desejando acordar em outro mundo. Acordar em um mundo onde seus pais se respeitam, que seu pai seja um homem equilibrado que sua mãe não descarregue em vc toda sua frustração em forma de surras que seu pai assim que chegar vai continuar só pra não perder a chance. Mas alguém te socorre e vc volta para o inferno particular com todos seu demônios. O que eu percebi nessa serie até agora foi a continuação do padrão nacional/internacional de como manter sua vitima calada e adestrada para que vc possa continuar esse jogo de limpar as suas próprias m%$##@ e jogar nela. Hannah Baker é o exemplo perfeito de como a gente fica, não vemos saída, vc fica cercado de gente que se aproximou de vc cheia de problemas, mas assim que percebem a sua fraqueza sai do teu lado e se junta aos demônios e se torna um deles para encobrir suas próprias fraquezas jogando em vc suas mazelas, eu sobrevivi e vou ser sincero, não foi por causa de pessoas que me ajudaram, isso não existiu, eu sai por causa de um cão abandonado que me seguiu e eu resolvi cuidar dele e por ele estou aqui. É um motivo bobo. Pode ser, mas foi o que eu precisei.
ResponderExcluirContinuação:
ResponderExcluirMas anos depois meu melhor amigo, meu irmão não conseguiu e mesmo eu estando ao lado dele, no dia que ele resolveu a gente tinha brigado pq eu não queria que ele usasse drogas. Nos nos encontramos, eu estava vindo do trabalho e ele passou de moto ao meu lado e sorriu pra mim, eu sorri de volta, mas sei pq senti que foi o ultimo, quando foi mais ou menos 3:40 hs da tarde me chamaram no portão de casa, (morávamos na mesma rua mas em casas diferentes)quando fui atender, uma vizinha me mandou ir la vê-lo, mas já estava policia na porta dele e um rabecão da civil com peritos, ali eu entendi, não fui la não entrei, esperei a filha dele chegar e quando fui falar pra ela sabe o que ela me disse? Tio, o que o meu pai fez dessa vez?? Se tem alguém que esta pensando em se matar os sinais são, ficar muito quieto, fazer coisas estranhas, se fechar pra família e amigos,ficar falando em morte, enquanto estiver falando na verdade esta pedindo ajuda, se preocupe se ele parar de falar sobre o assunto, é ai que mora o perigo. Hoje estou mais forte.Dos cinco amigos de infância que cresceram comigo só eu sobrevivi a adolescência, TODOS, todos eles se MATARAM, do mesmo jeito. Enforcados. Desculpa o textão.