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30 de novembro de 2016

Resenha: Pollyanna Moça

Olá!

Há algum tempo, postei aqui no blog a resenha de Pollyanna, em nova edição publicada pela Autêntica. Rapidamente, caso alguém não saiba, "Pollyanna" foi escrito pela norte-americana Eleanor H. Porter, em 1913. Dois anos depois, veio o "Pollyanna Moça", cuja resenha eu trago agora.
P.S.: pode conter spoilers do livro anterior.
Pollyanna Moça começa, por incrível que pareça, sem Pollyanna. Della Wetherby é uma enfermeira que conhece a garotinha de longa data, e, via carta, acaba pedindo para a tia de Pollyanna que deixe a menina na casa de sua irmã, ms. Ruth Carew, aproveitando que tia Polly e seu marido vão passar uma temporada na Alemanha.

No início, ms. Polly Chilton fica ressabiada com o convite de miss Wetherby, pois não quer que vejam a menina como "remédio", a ser medicada em "doses". Mas, o dr. Chilton, marido de Polly, acha uma boa ideia, corroborada pelo dr. Ames, médico de Pollyanna, que conhece a reputação de ms. Carew.

Mas não será nada fácil para Pollyanna. Seu jeitinho doce não faz o tipo de Boston, que é a cidade de ms. Carew. Tia Polly autoriza a viagem, mas fazendo questão de, antes, conhecer a tal senhora que cuidará da menina. Ruth Carew tem uma profunda tristeza, que fará com que Pollyanna tenha mais dificuldade em fazer seu conhecido Jogo do Contente.
Depois que Pollyanna volta de Boston, onde viveu várias situações e conheceu pessoas queridas, como Jamie e Jerry, ela vai para a Alemanha com seus tios. Volta só seis anos depois, com tia Polly tão triste quanto antes, agora que o dr. Chilton faleceu e elas estão muito endividadas. Jimmy Bean, amigo de Pollyanna de longa data, agora está mudado. Oficialmente, ele foi adotado pelo sr. Pendleton, outro amigo de Pollyanna, então não gosta mais de ser chamado de Jimmy Bean, mas Pollyanna não consegue...

Ruth Carew também está diferente, para melhor. Conforme o tempo foi passando, ela adotou Jamie, o amigo que Pollyanna fez em Boston, mas o motivo de sua tristeza profunda permaneceu todos esses anos. Agora, aos 20, vai ficar mais difícil para Pollyanna fazer seu jogo...

Até a Bienal, não fazia ideia de quem era Pollyanna, só a conhecia através de seu ditado popular. Mas me encantei com o primeiro volume e também me encantei com este. Apesar de ter sido escrito em 1915, onde as convenções sociais eram muito diferentes das nossas, muitas coisas nele retratadas ainda são vistas em pleno fim de 2016. Há uma forte crítica social por trás das palavras de Sadie Dean, por exemplo. Sadie Dean é uma moça que Pollyanna conheceu no Boston Public Garden. Ela tem uma vida sofrida, sem motivos para sorrir, mas sua mensagem tocou profundamente a ms. Carew, a ponto de sua vida ter uma revira-volta.
Apesar da crítica social nele incluída, o livro é, obviamente, voltado às crianças, que não podem perder a essência da infância. Atualmente, as crianças meio que estão crescidas demais, amadurecem antes da hora. Não vou entrar nos méritos que levaram a essa situação, mas, no meu tempo, meninas (incluindo eu) queriam ser professora e os meninos, jogador de futebol. Hoje já não é mais assim. Detalhe: tenho "só" 22 anos. Ter a inocência de Pollyanna, hoje em dia, é praticamente impossível. Se Pollyanna vivesse em 2016, ela teria perdido toda a fé na humanidade e seu Jogo do Contente ficaria no passado.

Livros como Pollyanna e Pollyanna Moça não podem ficar de fora da biblioteca tanto das escolas como das casas das crianças. Histórias como essas são aquelas que os
pais devem ler para os filhos antes de dormir, porque, além de terem lindas mensagens, são uma forma de manter a fé na humanidade, que hoje tá difícil...

A edição da Autêntica está uma graça. Não encontrei erros e o desenho da capa mostra, sutilmente, o crescimento de Pollyanna. O Pollyanna Moça tem mais páginas que o anterior, mas dá pra ser lido rapidamente, pois a escrita é fluida - obviamente feita pensando nos pequenos.

Portanto, a leitura está mais que recomendada. Pollyanna e Pollyanna Moça foram escritos para as crianças, mas todos devem ler, inclusive como forma de unir a família, conceito esse que foi tão transformado ao longo do tempo.


28 comentários:

  1. Eu li ambos os livros quando criança e achei lindo. Ainda tenho a versão dela moça aqui em casa. A segunda versão se não me engano. A primeira não lembro que fim deu mas realmente é uma história que todos deveriam ler. Ótima resenha.

    Beijos.

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  2. Olá, que livro mais amor, já quero!
    Parece bem fofo, delicado e meigo, amei a sua resenha, e como você descreveu a história.
    Um beijo.

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  3. Oii...
    Que livros "gracinhas". Nunca li, mas acho bem legal quando os autores fazem livros com linguagem para as crianças.
    bjoo

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  4. nunca tinha visto esses livros, mais meu Deus que capa é essa? LINDAAAAAAA! sua resenha foi ótima, parabéns!

    Arthur - literandototal.blogspot.com.br

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  5. Oi, Kamila! Quando Li Pollyanna estava em uma fase de falta de esperança e então não fiquei com boa impressão da leitura. Quem sabe não dê uma nova chance agora? A nova edição parece muito bonita e bem cuidada. Obrigada pelo seu texto.

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  6. Que legal essa novidade, eu só conhecia o Pollyanna, mas ainda não li e adorei saber sobre o Pollyanna Moça. Adorei as capas e gostei de conhecer a sua opinião sobre a obra. Espero ler as duas em breve.

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  7. Oi Kamila
    Não conhecia o livro, mas gostei muito da ideia. A capa e linda e o enedo também. Autêntica sempre tem bons livros no catálogo. A maioria desconhecido. Vou atrás de saber mais. Quero ver mais resenhas sobre ele.


    Abraços
    David

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  8. Oi Kamila.

    O Pollyanna Moça eu não conhecia e sua resenha está bacana, pois gostei da sua opinião. Principalmente quando disse que os livros Pollyanna não podem ficar de fora da biblioteca e são livros para os pais lerem para os filhos antes de dormir, porque é uma forma de manter a fé na humanidade. Concordo com você, estamos passando por momentos difíceis.

    Bjos

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  9. Kamila que resenha mais linda menina, confesso que não conhecia nenhum dos livros, mas adoraria ler, é uma obra com um tema que me agrada tanto que você nem imagina, dica super anotada e as fotos ficaram lindas.
    Abraços

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  10. Olá, achei muito fofa a sua resenha e não conhecia a essa obra ainda, mas achei bem interessante o fato de ter essa pegada mais infantil, que ensina as crianças a não perder a fé na humanidade. Adorei as fotos e já anotei a dica pra ler em breve.
    beijos!

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  11. Amo Pollyanna, além de ser uma historia amorzinho, foi ele que me fez gostar de literatura. ♡ Pollyanna ta no meu coração hoje e sempre.
    E quando eu vi essa nova edição me apaixonei na hora! ♡
    BlogCarpeDiem♡♡

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  12. Eu li ambos os livros quando era moça e sei que eles realmente tem uma mensagem bacana para os leitores. Concordo com você que fazer o jogo do contente nos dias de hoje é um desafio e tanto. Agora... eu tenho 10 anos mais que você e nunca quis ser professora, essa é a confirmação de que sou fora do meu tempo! rsrsrs... Beijo!

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  13. Olá
    Eu li os dois livros na minha infância e Pollyanna até hoje é o livro da minha vida. O primeiro livro "grande" que eu li quando pequena. O livro realmente passa uma mensagem linda e o bom dele é a simplicidade pois a Renata de 8 anos entendeu ele perfeitamente e a Renata de agora nunca esqueceu a mensagem.
    Adorei a resenha
    Beijuh

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  14. Oi, Ká.
    Me lembro dessas histórias de quando era criança, mas nunca tive os livros.
    Não sabia que a Autêntica tinha feito essas lindas edições!!
    Acho que vou aproveitar e pedir de Natal!! rs...
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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  15. Olá,
    Já li a obra e fiquei encantada com essas capas lançadas agora! Que luxo!
    A premissa do livro é bem interessante e ter a Pollyanna nesse ambiente de Boston realmente parece um pouco estranho, não combina muito com ela.
    E as críticas de Sadie acho muito válidas e ainda vemos muito do que era descrito naquela época.

    http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/

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  16. Eu nunca li os livros, acredita? Mas sempre vi eles por aí, não sabia sobre o que se tratava direito. E concordo, nos dias de hoje é difícil essa inocência que tínhamos na nossa época, e olha que tenho só 26, não sou muito mais velha, rsrs. Mas realmente os tempos mudaram. Não sabia dessas novas edições, que bacana, vou tentar adquirir!
    beijos
    www.apenasumvicio.com

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  17. Acho as capas desse livro um amor, mas nunca tinha ouvido falar dos livros antes de vê-los por aqui. Achei interessante o livro conter críticas e ao mesmo tempo ser voltado para o público infantil, o que de certa forma pode gerar reflexões, ainda que não em um nível muito avançado, nas crianças. Críticas essas que dialogam com o mundo atual. Gostei muito disso!!


    ourbravenewblog.weebly.com

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  18. oie, parece um livro muito bonito, e adoro essas obras que trazem uma espécie de crítica social e também esses personagens inocentes sempre me cativam. EU já ouvi bastante falar de poliana, e espero ler.

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  19. Olá, boa tarde! Esse livro eu ainda não conhecia e adorei sua resenha, gosto muito de livros com esse tema sobre críticas sociais e suas impressões despertaram meu interesse. Adorei a capa e o enredo, dica anotada, bjs e até mais.

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  20. Oiii!

    Vi sua empolgação com a obra e adoro livros mais leves assim... Mas para frente eu vou querer emprestado. Fiquei feliz em saber que a leitura foi agradavel e correspondeu suas expectativas.

    Beijinhos

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  21. Oie!
    Acredita que nunca li nada da Pollyana?
    Conheço um pouco da mensagem que a protagonista passa na história, mas ainda não tive a oportunidade de ler. Vou anotar essa dica para ler futuramente.
    Bjks!
    Histórias sem Fim

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  22. Olá.
    Nunca li nenhum dos livros, mas essas edições estão tão fofas que quero o meu já kkkkk a premissa do livro está bem interessante fiquei bem feliz em saber que o objetivo do livro é mostrar que é importante não perder a essência da infância além das criticas abordados nele. Linda capa.

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  23. OI
    nunca li nenhum dos livros, mas conheço, se não me engano, li a resenha aqui mesmo nesse blog. Aos quase 30 não me vejo lendo esse livro, mas como profissional de ensino, vou levar o nome deles para a escola onde trabalho e quem sabe ele não é adotado como livro paradidático em 2017?

    Talita - Viciados em Leitura

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  24. Polyana e Polyana Moça são os livros que marcaram minha infância, com um enredo super apaixonante. E essa nova edição está uma beleza total, desde a capa e toda a diagramação.Adorei sua resenhas e as suas impressões desse clássico.

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  25. Olá, tudo bem? Conheci essas edições em um evento da Gutenberg e adorei a diagramação junto com os desenhos. Não conhecia a história mas fiquei bastante curiosa de lá pra cá, e a sua resenha caiu como luva para reforçar essa minha opinião haha Adorei as fotos junto com a sua escrita!
    Beijos,
    diariasleituras.blogspot.com

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  26. Olá! Resenha incrível, confesso que nunca tinha ouvido falar dessas duas obras, agora vou querer ler, achei legal que você disse que serve para crianças e adultos, iguais aqueles livros de contos de fadas e até mesmo o livro do Pequeno Príncipe.

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  27. Olá!
    Nunca tinha ouvido falar nessas obras, mas foi muito bom conhecer aqui pelo seu blog. Não sabia que era um livro tão antigo assim e de certa maneira é uma pena ainda ver certos tipos de convenções nos dias de hoje.
    Beijos.

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  28. Kamilla, não li Pollyana e confesso que fiquei encantada com sua resenha que afirma que estes livros não podem ficar fora da biblioteca das escolas. Uma obra que foi escrita 1913 e permanece atual em nossos dias realmente merece ser lida e até relida, pois em cada leitura deve trazer novos ensinamentos.
    Obrigada pela dica, vou atrás para comprar e ler.

    Bjo
    Tânia Bueno
    Faces da Leitura

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