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29 de abril de 2016

Resenha: Para Sempre Alice

Olá!

No Vida Literária de abril, eu escolhi Para Sempre Alice, de Lisa Genova. Pra quem não sabe/não lembra, o Vida Literária é um projeto que consiste em que eu, a Ani do EC&M e a Raíssa d'O Outro Lado da Raposa leiamos um livro, comentemos e depois fazemos as resenhas. Eu escolhi esse livro porque não estava com vontade de ver o filme e porque não me lembrava de ler um livro em que a protagonista tinha mal de Alzheimer.

Capa original vs. Pôster do filme
Skoob | Submarino | Americanas | Travessa

O livro nos apresenta Alice Howland, professora de linguística em Harvard. Ela possui doutorado na área, é uma profissional brilhante, que dedicara os últimos 25 anos de sua vida à universidade e ao aprendizado. Ela é casada com John, também doutor em Harvard e tem três filhos: Anna, Lydia e Tom.

Estava para completar 50 anos, a menopausa ainda não chegara, mas já podia sentir os primeiros sintomas. Depois foram os esquecimentos, começou a esquecer algumas palavras, até o dia em que esqueceu como chegar em casa. Foi ao médico pensando que estava com estresse, foi aí que a bomba caiu: Alice estava com mal de Alzheimer de instalação precoce, ou seja, a doença deflagrou nela antes da hora.

Como se sabe, o Alzheimer pode ser detectado em pacientes com mais de 65 anos, porém, há casos como o de Alice, em que a doença surge muito antes do previsto. As mudanças são drásticas na vida da família: os filhos têm medo de terem o gene que desencadeia o Alzheimer, principalmente Anna, que é advogada, casada com Charlie e quer ter filhos. Tom é o médico da família, vive trocando de namorada e Lydia quer ser atriz, dispensando o sonho (de sua mãe) de fazer uma graduação.

A partir daí, acompanhamos Alice em sua peregrinação para frear a doença, a mudança drástica em seu casamento e em sua vida profissional, o enfraquecimento de seu relacionamento com John, a força que sua relação com Lydia cresce. A cada dia, um pequeno acontecimento pode ser uma vitória, mas também pode ser um passo rumo à derrocada de Alice, cujo cérebro vai definhando cada vez mais.

Um detalhe deixa a história tão aflitiva: o leitor mergulha na mente de Alice. O leitor vê que o cérebro dela vai se deteriorando a cada dia e ela nada pode fazer. John, seu marido, quer ajudá-la, mas ao mesmo tempo está desesperado, não sabe o que fazer, quer a antiga Alice de volta. A própria Alice luta dia após dia, tentando esconder da comunidade de Harvard sua doença, temendo o dia em que esquecerá os nomes de seus filhos, que foi uma renomada professora em uma grande faculdade, que até mesmo amou John.

A photo posted by Blog Resenha e Outras Coisas (@blogresenha) on

O livro também traz informações muito interessantes, como o Alzheimer se forma na mente, quais os remédios que são tomados, fala-se sobre grupos de apoio para cuidadores, mas nada sobre grupos para portadores de Alzheimer de instalação precoce - que, nos EUA, praticamente não tem. Nesses casos, o papel da família é muito importante. Ela precisa estar perto do paciente, não pode achar que é frescura, como desconfiei de John, logo que Alice foi diagnosticada.

Por incrível que pareça, me vi no sofrimento dos filhos de Alice. Na minha família tem alguns parentes que possuem determinadas doenças que envolvem o sistema nervoso. Meu avô paterno tinha Alzheimer. Isso significa que meu pai e os irmãos dele podem ter o gene desencadeador. O que significa que eu, meus irmãos e primos também podemos ter. No livro, Alice propõe que os filhos façam o exame para saber se possuem o gene, o que me causou certa aflição.

A obra acertou ao tocar não só na família da paciente, mas também nela mesma. Em um dia, Alice era uma professora com um cargo importante, no outro ela passou a esquecer o endereço de casa. E tudo isso foi descrito com uma delicadeza impressionante. Liza merece os parabéns por ter escrito uma trama tão linda e ao mesmo tempo tão rica em detalhes e aprendizados. É mais que um livro, é uma ode à vida.

Para Sempre Alice nada mais é do que a prática de empatia em forma de livro. O Alzheimer é uma doença que sempre ouvimos falar, mas que está longe de nossas realidades. Então ler um relato tão detalhado e íntimo é uma experiência única, que nos introduz na rotina de alguém que tem sua vida completamente transformada por essa doença. Raíssa Martins

Minha felicidade foi saber que a adaptação cinematográfica foi fiel ao livro. A autora utilizou uma forma de narrativa que nos deixa muito próximo da personagem central e isso é ótimo, porém, é triste ver a forma como a doença vai dominando Alice. Uma obra linda. Ana Paula Lima

Eu li o ebook, então não tenho muito o que dizer do trabalho de revisão. Mas a capa, destacando Julianne Moore sofrendo está muito bonita. A Nova Fronteira acertou ao trazer para os leitores brasileiros uma história tão profunda e tocante. Não à toa virou filme e Julianne Moore ganhou mais de 30 prêmios, incluindo o Oscar de Melhor Atriz. Agora, mais que nunca, preciso ver o filme.

Simplesmente leiam.



19 comentários:

  1. Eu assisti o filme dele só e achei as atuações maravilhosas. De certa forma o livro deve ser de uma sutileza incrivel, pois tratar de uma doença que é tão defastadora afeta a todos. Espero poder ler o livro logo.
    Beijinhos, Helana ♥
    In The Sky, Blog / Facebook In The Sky

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  2. Oi, Kamila! Tudo bem?
    Essa história é típica daquelas que provavelmente ganhariam oscar, e ganhou haha Não li o livro ainda. Tinha receio dele não ser muito bom, mas pela resenha parece que não é bem assim, né? Bjs,

    www.estranhoscomoeu.com

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  3. Oi Kamila, eu nunca tive o interesse de ler esse livro, apesar de já ter lido alguns comentários. Sua resenha me apresentou outras características que eu desconhecia, e é claro que fiquei curiosa com a leitura. Infelizmente, nem o filme eu assisti. Mas quem sabe leia o livro dessa vez, acho que vou gostar da trama desenvolvida.
    Beijos, Fer

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  4. Ooi, tudo bem?! Eu conheço a obra, mas nunca a li, porém, tenho certo interesse, pois eu acho o tema bem interessante e que devemos ter certa noção do que se passa numa família em que um parente sofre da doença... Bom, ótima resenha!
    Bjs

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  5. Kamila, amei sua resenha!
    Li sobre a adaptação do livro em outro blog e pareceu incrível, mas livros são sempre livros, você sofre de verdade com o personagem, sente o que ele sente e isso é insubstituível. Quero muito ler, mas ainda não consigo...é um livro para outro momento.

    Bjs!
    Fadas Literárias

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  6. Olá
    Li esse livro ano passado e amei esse livro, acho que o foco que a autora na Alice foi o grande diferencial do livro, sabe, acompanhar aquela mente brilhante se deteriorando da uma tristeza, e eu fiquei pensando na perda em si, tipo a Alice era uma Mente Brilhante e estava perdendo isso, eu sou muito apegada a minha Visão, e preciso cuidar dela porque tenho problemas que se não cuidar posso perder e o livro me fez refletir sobre isso.
    Beijos

    www.poyozodance.blogspot.com.br

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  7. Oi Kamila!!!
    O único livro que li que trazia sobre o Alzheimer foi o livro Diário de Uma Paixão, mas é muito pouco falado. Na minha família, também minha avó materna teve Alzheimer o que quer dizer que minha mãe pode ter e eu também :(
    Realmente, é muito bom quando livros trazem informações como essa e a gente acaba conhecendo o que se trata a doença e como ela vai tomando a mente da pessoa.
    É muito triste esquecer suas memórias e mais triste ainda quando a gente já passou por isso com alguém próximo.
    Belíssima resenha =)

    lereliterario.blogspot.com

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  8. Amo esse livro! E o filme também é muito bom! Adoro enquanto leitora e também como psicóloga que sou. O trabalho de escrita e de adaptação cinematográfica foram perfeitos! Mostraram muito bem as dificuldades de quem convive com a doença e das pessoas que convivem com alguém que possui esta doença. É muito emocionante! Parabéns pelo post!

    Bjs
    www.livrosdabeta.blogspot.com.br

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  9. Oi Kamila,

    Que livro intenso e sua resenha também. Você foi muito didática ao informar sobre a doença e os danos entristecedores que ela causa. Fiquei surpresa ao saber que a doença pode acometer pessoas precocemente e que Guerreira a Alice! Agora, como você eu também entraria no sofrimento dos filhos.

    Vjs
    Tânia Bueno Faces

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  10. Oi, Kamila!
    Eu não li o livro, mas vi o filme. Muuuuuuuuuuuito bom! É incrível (e triste, claro) o que essa doença faz, como ela se desenvolve, e a atuação da Julianne Morre, impecável como sempre. Adoro essa ruiva!
    Mesmo que o certo seja ler o livro antes de ver o filme, dessa vez ao assitir eu fiquei animada em ler o livro e espero ter a oportunidade futuramente.
    Bjo
    www.viciadosemleitura.blog.br

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  11. Ainda não vi o filme e nem li o livro porque sei que choraria litros rsrsrsrsrs É uma história realmente emocionante e também adoro quando o autor faz com que entremos na mente do personagem!! Parabéns pela resenha ;)

    pegueumaxicarablog.com

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  12. Oiii Kamila, tudo bem?
    Eu sou completamente louca para ler esse livro, acho a edição tão linda essa da borboleta, realmente não conhecia e despertou muito meu interesse, não vejo a hora poder ler ou assistir o filme mesmo, sua resenha está incrível e linda <3
    Beijinhos

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  13. Eu assisti o filme e posso de dizer que é bem tocante mesmo. Todo esse sofrimento de Alice e a preocupação dos filhos. É muito triste mesmo. Esse livro deve ser de um peso emocional muito forte e de uma sutileza irreal. Adorei a resenha.
    Mil beijos
    http://casinhadaliteratura.blogspot.com.br/

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  14. Kamila, morro de vontade de ler o livro e ver o filme, pois acho o tema fantástico e pelo que você disse é muito bem abordado o que me faz querer ler ainda mais.
    Sem contar que me lembra muito um professora da faculdade, por isso tenho mais curiosidade ainda.

    Lisossomos

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  15. Oi

    sabe que eu não li? e nem tive coragem de assistir o filme pois me parece ser tão triste!!!!

    mas tua resenha trouxe pontos tão interessantes que eu acho que vou deixar esse "medo" de lado e assistir o filme primeiro...depois vejo se leio!!!! hehe

    bjs

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  16. Alzheimer já é uma doença extremamente cruel, Alzheimer de instalação precoce então, muito pior! Achei legal ter várias informações sobre a doença no livro, principalmente sobre como se forma na mente. Nem sabia desse exame para detectar o gene, na minha família todas as irmãs da minha avó tiveram, mas ela não, mesmo assim morro de medo e acho que não teria coragem de fazer esse exame de jeito nenhum. Vou tentar tomar coragem para ler.

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  17. Oi..
    tenho muita vontade de ler esse livro, acredito ser muito bom..
    já vi o filme. é ótimo.
    bjs

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  18. Oiee,
    não li o livro e nem vi o filme, ainda. Tenho muita vontade e sua resenha apenas despertou algo mais para minha curiosidade, pois essas doenças que atingue milhões de pessoas é bom sempre termos algumas informações a mais

    Beijos da Fê
    As Catarina´s / Fanpage / Instagram

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  19. Esse é realmente um livro que merece ser lido. Ensina muito sobre a doença, de dorma leve (acredite, essa é a forma leve se falar aobre esse assunto) e sem falar de termos técnicos muito rebuscados, proporcionando fácil compreensão e envolvimento por parte do leitor leigo.

    Li e recomendo também. Fiz resenha desse livro no www.conchegodasletras.blogspot.com.br

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