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16 de fevereiro de 2015

Resenha: Dewey - Um Gato Entre Livros

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Hoje trago a resenha de um livro que eu nunca tinha ouvido falar, foi um achado da biblioteca, peguei mesmo porque tinha um gato na capa. Apresento-lhes Dewey, um gato entre livros. A biografia é do gato, mas quem conta essa história é Vicki Myron, a então diretora da biblioteca pública de Spencer, com a colaboração de Brett Witter.


O livro começa com uma descrição (chata) de Spencer, que fica no estado de Iowa, nos EUA. Resumindo esse prólogo, é uma cidade interiorana cheia de milho, pra todo lado tem milharal, um lago bonito e uma estrada longa.


Pulando essa descrição, temos Vicki, que até então era vice-diretora da biblioteca chega um dia para trabalhar. Num dia muito frio. E ouve um barulho esquisito vindo da caixa de coleta – uma caixa criada para que os usuários pudessem devolver seus livros após o expediente da biblioteca. Ao retirar o conteúdo da caixa, muita sujeira, alguns livros e um filhote de gato. Sim, um gatinho estava na tal caixa. O que merece um/a desgraçado/a a abandonar um filhote em uma caixa em um dia congelante???? O que esse ser merece???? Enfim, Vicki salvou o pobre filhote do frio. Deu-lhe banho, comida e amor. Ela nem imaginava, mas essa relação duraria dezessete anos. Desde então, os moradores de Spencer adotaram o gatinho, que se tornou presença constante na biblioteca.

Eu recomendo demais esse livro porque não é só a história de um gato que viveu em uma biblioteca, mas um gato que viveu em uma biblioteca e mudou o pensamento de toda uma cidade. Dewey amava a todos, bastava alguém chegar na biblioteca que ele já estava disposto a dar – e receber – um pouco de carinho e colo. Dewey mudou profundamente a vida de muitas pessoas. Tomo como exemplo a pequena Crystal.

Crystal era uma garotinha que nascera com uma grave deficiência. Não andava e não falava. Até conhecer Dewey. Um dia, ele pulou em sua cadeira de rodas e ela gritou de susto. Isso foi um milagre. Até então, ninguém imaginava que ela podia falar. Essa passagem me fez chorar, as lágrimas só não rolaram porque eu estava no metrô. Achei muito lindo mesmo.

Não foi só com Crystal. Dewey também ajudou a própria Vicki a superar várias situações, como as brigas com a filha Judi – que Dewey tinha um carinho especial – e suas várias doenças, como o câncer de mama que a levou a uma mastectomia dupla – traduzindo: lhe retiraram as duas mamas. Foi como se Dewey a tivesse salvo do abismo várias vezes. Era um gato com um magnetismo próprio. Era o rei de Spencer.

A história de Dewey foi mesclada com a própria história de Vicki, desde seus avós, passando por seu marido alcoólatra, seu diploma com honrarias e sua vida na biblioteca, trabalho que durou 25 anos. Sério, Vicki sofreu demais, aconteceram poucas coisas boas com ela: a filha, o gato, o diploma com honrarias e seu trabalho na biblioteca, porque olha, a vida que ela teve não foi fácil, fiquei com dó mesmo. Ela é uma guerreira, passou por tudo isso e nunca tirou o sorriso do rosto, aliás, ela deixou uma bela mensagem no final do livro, que eu não vou contar, claro.

Dewey marcou tanto a história da biblioteca que até hoje é lembrado, como é possível ver clicando nesse link, do site da biblioteca. Inclusive, é possível entrar em contato com Vicki, mesmo estando aposentada. Também é possível ouvir a história em audiobook, cortesia da biblioteca, só clicar no link ali de cima (em inglês). Lendo a vida de Dewey me bateu uma saudade do meu gato, que se chamava Charles e foi assassinado há mais de cinco anos.
Dewey e Vicki em uma foto que considero lindíssima.
 (só eu acho ela parecida com a Dilma nos tempos de Ministra Chefe da Casa Civil?)

PS: Tem um segundo volume, "As nove vidas de Dewey", que são histórias contadas por fãs do gato e pela própria Vicki. Ainda não achei nem na biblioteca nem em PDF.

E você, gosta de gatos? Leria a vida de Dewey?



12 comentários:

  1. OOOi,

    Eu não sou a maior fã de gatos, cachorros são mais legais *O*
    Mas eu acredito no poder de cura desses animais e achei muito lindo essa cena que você descreveu.
    Fico feliz que tenha gostado da leitura e para de ser mão de vaca, compra o livro hahahaha (ps: toma cuidado em ficar divulgando que tá pegando PDFs de graça pq é crime e muito desagradavel com a editora e o autor, guarda para você hahahaha)


    Beijinhos,
    www.entrechocolatesemusicas.com

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  2. Ola!!!! Nossaaaaa!!!!! Sério, eu amo gatos, amo histórias com gatos, tudo que envolve gatos, ah eu amo cachorros também, amo todos os animais, até mesmo aqueles que tenho medo hahahahaha sabe a aquele desenho da Felícia?! Então, o desenho dela foi inspirado em mim hahahahaha Mas com gatos eu tenho uma relação mais antiga, eu praticamente nasci no meio deles, tipo o Mogli que vivia entre os lobos, mas enfim, hoje tenho 6 gatos, e queria mais ainda se pudesse hahahahaha minha casa tem um quintal grande!!!! A maioria adotados, e olha que já de tudo, eu não sei como um ser humano é capaz de tanta maldade assim com um ser indefeso!!!! Adorei a sua resenha, e fiquei com mais vontade ainda de ler, porque parece ser linda a história!!!!! Bjsss

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  3. Ooiiee,

    Aaahhh, eu gosto de gatos *-* Inclusive sou louco para ler "Um Gato de Rua Chamado Bob" :3 Mas que desgraçado/a que abandonou o pobre gato! :o

    Fiquei super empolgado em conhecer a história de Dewey, já tá na listinha e vou ver se acho na Biblioteca da minha escola, haha ><

    Abs!

    Seguindo aqui ^^
    http://leiturasilenciosaoficial.blogspot.com.br

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  4. adoro histórias de animais e mais ainda quando tem essa história de amizade entre o bicho e seu dono, ou melhor, seu amigo bípede!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  5. Oi Kamyla, confesso que fiquei emocionada lendo sua resenha. Aí tem duas coisas das quais mais sou apaixonada: gatos e livros. E ver essa história comovente, me paz pensar muito nas coisas, é para refletir mesmo. Tenho certeza que se tiver a oportunidade irei ler o livro, quero apreciar essa leitura!

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com

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  6. Não sou fã de gatos, mas esse livro parece ser lindo e emocionante. Fiquei com vontade de ler.

    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de fevereiro. Você escolhe o livro que quer ganhar!

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  7. Nunca ouvi falar desse livro e também não gosto de gatos kk, mas nao vem ao caso. Parece ser uma boa leitura.
    Beijos
    Dezesseis de Volta

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  8. Ah, gente, que bonitinho!
    Confesso que sou uma pessoa muito mais de cachorros do que de gatos, mas saber um pouquinho mais sobre o Dewey, como ele mudou vidas simplesmente sendo um gato, me chamou a atenção.
    E eu também achei ela a cara da Dilma "antiga", hahaha.

    Beijoooos

    www.casosacasoselivros.com

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  9. Olá!
    Esse livro deve ser ótimo, amo gatos!
    O problema é que com certeza vou me emocionar e chorar muito, sempre choro com histórias que envolvem animais!
    Adorei a resenha!

    Beijos!

    http://paraisodasideas.blogspot.com.br/

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  10. Eu odeio gatos,mas me interessei muito pelo livro!
    Blog:http://escritordepalavras.blogspot.com.br/
    Passa lá? ♥

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  11. Oi Kami,
    Eu não sou fã de gatos, mas a história parece ser um amorzinho.
    Adoro os livros do Bob (o gato de rua) e acho que esse deve seguir a mesma pegada, né?
    Que bom achar um bom livro por acaso! :)

    Beijos,
    Mari Siqueira
    http://loveloversblog.blogspot.com

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  12. Ganhei esse livro da minha filha e como na minha casa tinha em média 30 gatos durante 10 anos,considero que foi um dos melhores livros que li em minha vida, emprestei o livro e ele não voltou.kkk
    Certo dia, estava chovendo e aproximadamente as 19:30h,eu morava em uma avenida e parou uma Van em frente minha casa e atirou algo na calçada, minha esposa foi até o portão (com chuva) e pegou na calçada um gatinho laranja(só tenho uma foto dele, era mais bonito que o Dewey quando ficou adulto)passei a chama-lo de lourinha,ficava na minha frente na mesa do computador, apoiava as patas no meu hombro e lambia minha o lóbulo da minha orelha.Foi lourina até descobrir-mos que era macho, ai após muito riso passei a chama-lo de lourão.Fico triste pois após três anos ele simplesmente desapareceu. Uma coisa sempre digo, se um gato laranja te procurar, acolha-o e trate com muito carinho, pois problemas virão e você vai precisar muito do apoio dele para superar.
    Se não fosse o lourão e os outros gatos na minha casa, acho que não teria encontrado força para encarar os problemas que tive que enfrentar com meu filho.Vicio do Crack.

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